Lula e o vice do Equador defendem cooperação regional para combater facções criminosas na Amazônia
O novo Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia unirá forças policiais do Brasil e de nove países vizinhos.
O presidente Lula (PT) utilizou uma cerimônia em Manaus, na terça-feira, para reiterar a bandeira do combate ao crime organizado. “O crime ocupa os espaços que o Estado não preenche. Nossa missão é restituir a força da lei pela presença estatal”, declarou o petista na capital amazonense, onde participou da inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia.
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A cerimônia teve a presença do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e da vice-presidente do Equador, Maria José Pinto. Em seu discurso, Lula declarou que uma das consequências da globalização foi a articulação de grupos criminosos além das fronteiras nacionais. Assim, o presidente argumentou que a resposta a esse fenômeno implica em “neutralizar suas lideranças” e “assegurar o fim de seus recursos financeiros”.
O Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI), que obteve investimento de 36,7 milhões de reais do Fundo Amazônia, atuará como núcleo permanente de inteligência policial, reunindo forças brasileiras e de nove países vizinhos para combater crimes como desmatamento, mineração ilegal e tráfico de drogas, armas e pessoas.
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A estrutura integra a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional e forças policiais estaduais em um ambiente contemporâneo, com tecnologia avançada.
Lula também mencionou dados de seu governo na área da segurança pública e ressaltou que a inauguração do espaço é resultado da cooperação entre países. “Desde 2024, conduzimos quase 200 operações. Só no ano passado, apreendemos mais de 250 milhões de dólares em bens de acusados de praticar crime contra o meio ambiente”, destacou o petista, afirmando que o espírito de articulação “tem inspirado as políticas nacionais”.
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Ele mencionou a Operação Carbono Oculto, que desmantelou um esquema bilionário de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, com a participação de fundos de investimento e fintechs suspeitos de receberem recursos ligados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital. Ele afirmou que se tratou da maior ação da história contra o crime organizado.
Não se pode tolerar que moradores de áreas periféricas, povos indígenas e comunidades ribeirinhas tenham suas vidas marcadas pela violência, enquanto os mais ricos permanecem impunes, afirmou Lula.
Após a inauguração do CCPI, o petista participa do lançamento do cabo de fibra óptica de integração das infovias do Programa Norte Conectado, igualmente em Manaus. Em seguida, retorna para Brasília.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.
