Lula denuncia o machismo em fórum com países que limitam a participação feminina
Lula declarou que a presença feminina é uma “extraordinária novidade” no Brics, com a formação do Grupo de Mulheres Empresárias.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, neste sábado (5), durante o Fórum Empresarial do Brics, o machismo no ambiente dos negócios, um tema sensível. Considerando que o grupo dos emergentes passou a incluir, há dois anos, nações que restringem amplamente os direitos das mulheres, como Irã e Arábia Saudita, e, em menor medida, Egito e Emirados Árabes Unidos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O lugar que vocês almejam na participação política, empresarial e de qualquer coisa que desejem realizar depende unicamente da ousadia de vocês. Não esperem que nós homens sejamos os autores das conquistas de vocês, disse Lula, em discurso na zona portuária do Rio. Temos apenas 16% de mulheres no mundo empresarial. É muito pouco, significa que o machismo ainda toma conta dos empresários e quem sabe a economia melhore muito quando as mulheres tomarem conta.
Luísa afirmou que a participação feminina é uma “extraordinária novidade” no Brics, com a criação do Grupo de Mulheres Empresárias.
Leia também:
Lula conversa sobre a COP30 e o setor agrícola com o chefe de governo chinês
BRICS: Brasil evita pressão da Rússia sobre “moeda comum”
Líder supremo do Irã tem primeiro contato público após conflito com Israel
A diversidade das formas de engajamento social das mulheres entre os países do BRICS se manifesta nas representantes das alianças de negócios femininas do grupo, incluindo empresárias do Brasil, África do Sul, Rússia, China, Egito, Emirados Árabes Unidos e Indonésia.
A preocupação de diplomatas que coordenavam a participação brasileira no Brics era que a discussão sobre questões de gênero fosse prejudicada devido à inclusão de países membros com governos baseados em leis religiosas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O termo “gênero” não foi mais mencionado no comunicado final de 2024, em contraste com a versão de 2023, embora ambos tratem da participação feminina.
Luísa também confirmou uma viagem à Malásia, com data provável de 26 de outubro, para a segunda cúpula anual da ASEAN. O presidente disse ter aceitado o convite do primeiro-ministro da Malásia, Anwar bin Ibrahim, que participa do fórum.
Além disso, pretende visitar a Indonésia, na mesma viagem, para debater a conservação de florestas tropicais, em vista da COP-30. Um dos principais objetivos do Brasil deverá ser a obtenção de recursos para o Fundo Florestas Tropicais Para Sempre, que busca atingir US$ 4 bilhões anuais em investimentos públicos e privados.
A visita de Lula à Ásia já vinha sendo considerada internamente no governo como uma estratégia para encontrar parceiros comerciais alternativos, em face da guerra tarifária, visando evitar a disputa de influência global e a dependência econômica da China e dos Estados Unidos.
O Brasil busca fortalecer os vínculos com a Asean, bloco econômico que já possui um volume de comércio de 37 bilhões de dólares, quase igual ao do Mercosul, porém com um saldo positivo de 15 bilhões de dólares, concentrado principalmente em produtos e matérias-primas agrícolas.
O presidente incentivou empresários brasileiros a promovam uma missão empresarial a Kuala Lumpur. “Quem quer vender, vai, quem quer comprar, vai. Se ficar esperando as coisas não acontecem”, declarou Lula.
A maioria dos brasileiros é contrária ao aumento do número de deputados.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.
