Em uma fala proferida na quarta-feira, 3 de dezembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu uma política externa brasileira que evite hierarquias entre os países. O petista argumentou que adotar uma postura de “falar grosso” com alguns vizinhos e “falar fino” com os Estados Unidos, não favorece acordos regionais.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Ele enfatizou a importância de uma diplomacia equilibrada, buscando o diálogo com todos os parceiros.
Diálogo e Relações Comerciais
Durante a cerimônia de inauguração do Polo Automotivo da General Motors em Horizonte, Ceará, Lula destacou a necessidade de uma estratégia que envolva o vice-presidente Geraldo Alckmin, que, segundo o presidente, “não gosta de brigar. Alguém que quer conversar.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Alguém que respeita todo mundo”. O petista ressaltou que a escolha do vice-presidente é fundamental para conduzir negociações comerciais com Washington, buscando um ambiente favorável para o desenvolvimento da indústria nacional.
Reindustrialização e Relações Regionais
O presidente também relacionou a política externa equilibrada com a estratégia de reindustrialização do país. Lula mencionou que, em 2010, a indústria automobilística brasileira produzia 3,6 milhões de veículos, com a meta de atingir 6 milhões até 2015.
LEIA TAMBÉM!
Ao retornar à presidência em 2023, a produção havia caído para 1,6 milhão de carros, evidenciando a necessidade de fortalecer as exportações e ampliar o mercado interno. O polo da GM, com a produção de veículos elétricos, foi citado como exemplo dessa estratégia em ação.
Tensão na Região e Relações Diplomáticas
A fala de Lula ocorreu em um contexto de crescente tensão militar no Caribe, com o anúncio de operações terrestres da administração Trump na Venezuela. O Brasil mantém relações diplomáticas com Caracas, apesar das tensões desde a eleição presidencial venezuelana contestada em julho.
O petista afirmou que o Brasil não deve replicar posturas de subalternidade enquanto busca diálogo com potências. A relação com a Bolívia, historicamente tratada como um parceiro menor, também foi mencionada, devido aos recursos estratégicos que o país andino possui, como lítio e gás natural.
