Lula defende perfuração na Foz do Amazonas para transição energética

Lula afirma que exploração na Margem Equatorial financiará transição energética e diminuirá uso de combustíveis fósseis. Leia no Poder360.

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(Imagem de reprodução da internet).

Exploração de Petróleo na Margem Equatorial: Decisão do Governo Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, em Jacarta (Indonésia), a exploração de petróleo na Margem Equatorial, região que inclui a Foz do Amazonas. Segundo o presidente, os recursos obtidos com o combustível devem ser utilizados para acelerar a transição energética.

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A medida ocorre após a autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para a Petrobras perfurar um poço exploratório no bloco FZA-M-059, em águas profundas do Amapá.

Contexto da Decisão

A liberação da Petrobras para a perfuração gerou críticas de ONGs ambientais, que entraram com ações na Justiça. A Petrobras obteve a licença de operação após cumprir os requisitos do processo de licenciamento ambiental. A perfuração deve durar aproximadamente 5 meses, com o objetivo de coletar informações geológicas e avaliar a viabilidade econômica de petróleo e gás na região.

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Não haverá produção nesta fase inicial.

Reações e Argumentos

O governo federal e a estatal afirmam que o processo está em conformidade com as exigências ambientais e é essencial para garantir a segurança energética do país. Já ambientalistas expressam preocupações com os riscos à biodiversidade e apontam contradições na decisão, tomada às vésperas da COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), em Belém.

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Declarações da Ministra Marina Silva

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, classificou a decisão do Ibama como técnica, ressaltando que, mesmo diante de manifestações políticas, o trabalho dos técnicos foi realizado com qualidade. Ela enfatizou que, em um governo republicano, como o do presidente Lula (PT), a decisão foi baseada em critérios técnicos.

Transição Energética e o Papel da Petrobras

O presidente Lula destacou que há um longo período entre a fase de pesquisa e a eventual exploração comercial. Ele enfatizou a experiência da Petrobras em operações seguras, sem riscos ambientais, e o movimento da estatal rumo a outras fontes de energia.

O objetivo é utilizar o dinheiro do petróleo para consolidar a transição energética do planeta, com a Petrobras investindo em outras fontes de energia.

Potencial da Margem Equatorial

A Margem Equatorial se estende por cerca de 2.200 km entre o extremo norte do Amapá e o litoral do Rio Grande do Norte, abrangendo 5 bacias sedimentares. Estimativas do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) indicam um volume de recursos de óleo e gás in situ da ordem de 1,1 milhão de barris por dia.

A área tem potencial para gerar mais de 300 mil empregos e injetar dezenas de bilhões de dólares em investimentos, com impactos positivos para os estados do Norte e Nordeste.

Considerações Finais

A decisão do governo Lula de explorar a Margem Equatorial reflete uma estratégia complexa, buscando equilibrar a segurança energética do país com as preocupações ambientais e a transição para fontes de energia mais limpas. O potencial econômico da região, aliado à experiência da Petrobras, são fatores importantes nesse contexto.

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.

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