Na quinta-feira, 24, durante uma visita oficial ao Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou críticas a dois alvos recorrentes em seus pronunciamentos: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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Lula acusou Bolsonaro de “fujão” e criticou a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, na visão dele, estaria buscando apoio do trumpismo para impactar a política brasileira.
O filho do Bolsonaro, porque não sei como aquele cara chegou a ser tenente do Exército. Porque… se borrou todo. Perdeu as eleições, ficou dentro de casa chorando, chorando, não podemos deixar o Lula tomar posse, não podemos deixar, preparou um golpe, nós ficamos sabendo, a polícia investigou, eles mesmos se delataram.
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O presidente também acusou Eduardo Bolsonaro de atuar como mensageiro da direita radical nos Estados Unidos. “Deu o filho para Washington para solicitar que o presidente Trump intervinha no Brasil. É uma afronta, isso é falta de ética. É uma demonstração de covardia”, afirmou.
As críticas a Trump também não se limitaram ao campo político. Lula questionou o que chamou de postura hostil do republicano em relação ao comércio internacional. “Com todo mundo eu converso, mas ele não quis conversar…” O Planalto considera irreversível a taxação e, caso uma ofensa judicial em solo americano não prospere, promete acionar a Lei de Reciprocidade. “Vou contar uma coisa para vocês: eu não sou mineiro, mas eu sou bom de truco e se ele estiver trucando, ele vai tomar um seis”, afirmou o petista.
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As declarações foram proferidas no I Encontro Regional de Educação Escolar Quilombola do Sudeste, que congregou iniciativas interministeriais nas áreas de educação, igualdade racial e direitos dos povos indígenas. O evento, caracterizado por discursos de afirmação histórica e pela defesa de políticas públicas para populações tradicionais, também serviu para que Lula recordasse o período em que esteve detido.
Estive detido por 580 dias. Me ofereceram um acordo para retornar para casa com uma monitoração eletrônica. Respondi: não há acordo, não troco minha dignidade pela minha liberdade. Não vou usar tornozeleira, pois não sou mensageiro.
Fonte por: Carta Capital