Presidente afirma que “traficantes são vítimas dos usuários” em fala na Indonésia. Leia no Poder360.
Em Jacarta, Indonésia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gerou críticas nesta sexta-feira, 24 de outubro de 2025, ao afirmar que “traficantes são vítimas dos usuários também” durante uma entrevista a jornalistas. O petista abordava as ações do governo de Donald Trump (Partido Republicano) no mar do Caribe, próximo à Venezuela.
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Lula justificou a declaração com a seguinte lógica: “Toda vez que a gente fala de combater as drogas, possivelmente seria mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente, os usuários. Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também”, disse.
A fala do presidente provocou reações imediatas na oposição. Nikolas Ferreira (PL-MG), deputado, comentou: “Lula acaba de anunciar que traficantes são vítimas dos usuários. No ritmo que vai, daqui a pouco o PCC [Primeiro Comando da Capital] vira ONG”.
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Ciro Nogueira (PP-PI), senador, criticou: “Os traficantes são vítimas dos usuários, os assaltantes são vítimas dos assaltados, os assassinos são vítimas dos mortos, os estupradores são vítimas das violentadas e por aí vai. Presidente Lula, vítima é o povo brasileiro dessa visão em que as vítimas são culpadas e os culpados são vítimas”.
Carlos Jordy (PL-RJ), deputado, declarou que o presidente deveria passar por um exame de sanidade mental. Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), deputado, condenou a fala de Lula, acusando-o de defender quem destrói famílias e espalha violência, e afirmou que o país precisa de justiça, não de romantização do tráfico de drogas.
Hamilton Mourão (Republicanos-RS), senador, criticou Lula e a esquerda por “romantizarem o crime”, afirmando que discursos que tratam traficantes como vítimas enfraquecem a segurança e os valores do país.
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Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.