Lula critica nações desenvolvidas e afirma que a luta contra a criminalidade é um “pretexto para violar a soberania”
Na Cúpula Amazônica, o presidente também criticou as decisões unilaterais de Trump e anunciou um centro internacional de cooperação policial em Manaus.
O presidente Lula (PT) declarou, em Bogotá, na Colômbia, que países desenvolvidos utilizam o combate ao desmatamento e ao crime organizado para justificar a imposição de barreiras econômicas e a interferência em nações menos avançadas.
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Há muito tempo que os países ricos nos acusam de não cuidar da floresta. Aqueles que poluíram o planeta tentam impor modelos que não nos servem. Utilizam a luta contra o desmatamento como justificativa para o protecionismo. Usam o combate ao crime organizado como pretexto para violar nossa soberania.
O petista criticou a presença de navios militares dos Estados Unidos no Caribe, próximos à Venezuela, enviados pelo presidente Donald Trump sob a justificativa de combater traficantes de drogas. Segundo Lula, compete aos próprios países amazônicos lidar com o tráfico de drogas, o garimpo ilegal e o contrabando. Nesse sentido, anunciou a inauguração de um centro internacional de cooperação policial em Manaus, marcada para 9 de setembro.
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Lula voltou a criticar Trump pelas decisões unilaterais, incluindo a saída do Acordo de Paris. “Você não pode fazer o que o presidente americano está fazendo: tomando decisões sozinho sem levar em conta que existe a Organização Mundial do Comércio, sem levar em conta a Organização das Nações Unidas, sem levar em conta nada”, afirmou.
Lula reiterou que, na conferência do clima em Belém, a COP 30, o Brasil lançará o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), com o objetivo de captar investimentos de países e empresas para financiar ações de preservação. “É preciso manter a floresta em pé e os indígenas vivos”, declarou.
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Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.












