O presidente declarou que o Brasil condena o Hamas, ressaltando que o direito de defesa não justifica o massacre indiscriminado de civis, termo que clas…
A Conib (Confederação Israelita do Brasil) expressou seu pesar e preocupação com as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) proferidas durante a conferência para a solução de dois Estados, realizada em Nova York. O evento, que visa promover a coexistência pacífica entre Israel e um futuro Estado palestino, ocorreu em paralelo com a Assembleia Geral da ONU.
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Em nota oficial, a Conib criticou o presidente Lula por reiterar acusações contra Israel, considerando-as “mentirosas” e feitas em um fórum internacional. A entidade destacou que, em pleno feriado do Ano Novo judaico, o presidente Lula fez acusações consideradas antissemitas, uma das mais antigas da história.
Durante seu discurso, Lula classificou a situação na Faixa de Gaza como “genocídio”, referenciando uma investigação da ONU. O presidente também condenou os atos terroristas cometidos pelo Hamas, ressaltando que o Brasil se manifestou “enfaticamente” contra eles. No entanto, enfatizou que o direito à defesa de Israel não justifica a “matança indiscriminada de civis”.
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A Conib argumenta que Lula desconsidera os fatos e a tradição diplomática brasileira de “moderação e busca de diálogo”. A entidade sugere que, para buscar o fim da guerra, o presidente deveria pressionar o Hamas a devolver os reféns mantidos em cativeiro há quase dois anos e a desarmar. A Conib ressalta a importância de negociações e um cessar-fogo imediato.
A conferência contou com a presença de países como Arábia Saudita e França, que reconheceram o Estado palestino. No entanto, a ausência de Israel e dos Estados Unidos chamou a atenção. Os dois países anunciaram a boicote ao evento, considerando-o um “circo”. A participação de outros países, como Mônaco, também foi notada.
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Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.