Lula celebra o fim do conflito entre Índia e Paquistão, apontado como resultado do esforço de Donald Trump
O petista afirma que o acordo de cessar-fogo na Caxemira é um “exemplo de prudência” para o planeta.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou, na terça-feira (8.jul), o acordo de cessar-fogo entre Índia e Paquistão na região da Caxemira. A trégua foi formalizada em 10 de maio após a escalada das tensões que resultou na morte de mais de 60 civis.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), afirmou ter mediado a trégua em publicação nas redes sociais. Índia e Paquistão confirmaram o fim das hostilidades logo depois, mas o país do BRICS rejeitou a versão do republicano e disse que o cessar-fogo foi alcançado em negociação direta entre as nações.
A fala de Lula ocorreu ao lado do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, após reunião bilateral no Palácio da Alvorada, em Brasília. Lula recebeu Modi na residência oficial da Presidência 1 dia após o término da cúpula do BRICS, no Rio.
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O pronunciamento ocorre após reiteradas divergências do petista com o presidente norte-americano. O chefe do Executivo brasileiro criticou Trump na segunda-feira (7.jul) ao defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o que o norte-americano classificou como uma “caça às bruxas” da Justiça e da oposição brasileira.
O ex-presidente Lula criticou os ataques ao Paquistão, membro do Brics, manifestou sua repulsa ao “terrorismo” na região e expressou solidariedade ao povo indiano. “Não acreditamos que o mundo necessita de guerra, mas sim de respeito. Cada país deve respeitar a expansão territorial de outros países”, afirmou.
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O petista declarou-se “muito grato” pela visita de Modi ao Brasil e à cúpula do Brics, mesmo após o “ataque terrorista” sofrido pela Índia. Segundo Lula, o premiê indiano reconheceu a relevância do bloco econômico ao manter a viagem. Modi foi um dos seis chefes de Governo presentes na cúpula do Rio. Quatro não compareceram.
O temor de Trump em relação ao BRICS.
Lula mencionou diretamente o nome de Donald Trump ao responder à ameaça do republicano de taxar os países que se alinharem a políticas antiamericanas. O presidente brasileiro afirmou que os membros do grupo não toleram que o líder norte-americano aja dessa maneira.
“Não toleramos interferências de qualquer natureza em nossas decisões soberanas. Defendemos o multilateralismo”, afirmou Lula no Alvorada.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.