Lula busca fortalecer vínculos com nações do bloco BRICS como reação a ações de Trump

O chefe do executivo dialogou por telefone com o presidente da China, após ter contato telefônico com os chefes de Estado da Rússia e da Índia.

12/08/2025 21:51

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Lula busca fortalecer vínculos com nações do bloco BRICS como reação a ações de Trump
(Imagem de reprodução da internet).

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem investido em fortalecer o relacionamento do Brasil com países do BRICS como alternativa à proteçãoismo e às pressões do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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Lula tem buscado obter o apoio dos chefes do grupo por meio de uma série de diálogos. Na segunda-feira (12), durante a noite no Palácio da Alvorada, houve uma conversa telefônica de aproximadamente uma hora com o presidente chinês, Xi Jinping.

A meta é progredir na cooperação bilateral, por meio da identificação de novos negócios. Conforme reportado pela mídia estatal chinesa, Xi Jinping reiterou a vontade do país de colaborar com o Brasil para criar um modelo de unidade e autossuficiência entre os principais países do Sul Global. Além disso, manifestou apoio à soberania nacional brasileira, em oposição a qualquer unilateralismo e protecionismo.

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A declaração alude aos ataques de Donald Trump ao governo e ao Judiciário brasileiro, e também à guerra comercial impulsionada por Washington contra Pequim.

Na última semana, o presidente Lula também já havia conversado ao telefone com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Em todas as conversas, ele ressaltou a defesa do multilateralismo e a importância de uma maior integração entre os países.

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Espera-se que, nas próximas semanas, o Itamaraty organize encontros com o líder do governo da Indonésia e com o da África do Sul.

As alianças representam uma forma do Brasil se situar no cenário geopolítico, considerando as dificuldades de reverter a tarifação com os Estados Unidos. O BRICS se torna, então, um tipo de porto seguro. A proposta do Palácio presidencial é demonstrar que o Brasil não depende de um país específico, nem se submeterá a pressões políticas.

O confronto entre Lula e Trump tem recebido crescente atenção internacional. Na terça-feira (12), o Financial Times declarou que as tensões são sem precedentes, sem indicação de uma resolução rápida e podem se intensificar com facilidade.

Apesar dos motivos que originaram o conflito, “é provável que haja algum impacto negativo no curto prazo para ambos os lados”, afirmou o jornal britânico.

Em entrevista à rádio BandNews FM, Lula voltou a afirmar que Trump se comporta como um imperador do mundo. Ele chegou a expressar o desejo de conversar com Trump “como dois seres humanos civilizados”, mas, no momento, qualquer ligação está fora do alcance dos assessores do presidente brasileiro.

Lula ainda provocou os Estados Unidos ao afirmar que eles sentiriam inveja do BRICS.

Os Estados Unidos provavelmente sentem um certo ciúme da participação do Brasil no Brics. Da mesma forma que estabelecemos o Brics, estabelecemos o G20. É importante não esquecer que o G20 foi criado em resposta à crise provocada pelos EUA em 2008.

A crise com os Estados Unidos não se deve apenas a discursos e iniciativas do BRICS, mas a relação Brasília-Washington se deteriorou consideravelmente após a cúpula do bloco no Rio de Janeiro, em julho. Por outro lado, o Itamaraty busca demonstrar que as relações com seus membros permanecem sólidas e devem ser expandidas.

O governo federal, por sua vez, busca auxiliar os setores impactados pela retração econômica, sem agravar as finanças públicas. O anúncio das ações está programado para quarta-feira (13), no Palácio do Planalto. O objetivo do plano é assegurar a manutenção dos postos de trabalho criados pelas mais de nove mil empresas que comercializam com o mercado americano.

O Itamaraty ainda precisa apostar em uma “disputa” contra o protecionismo na OMC. Lula também não desconsiderou a possibilidade de retaliar unilateralmente as tarifas dos Estados Unidos.

Fonte por: CNN Brasil

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