Lula busca diálogo e evita invasão em cúpula da Celac e COP30 sobre atuação EUA no Caribe e Pacífico

Lula busca diálogo sobre ofensivas dos EUA no Caribe e Pacífico. A 4ª Cúpula Celac-União Europeia abordará a questão com foco na estabilidade regional.

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(Imagem de reprodução da internet).

A 4ª Cúpula de Líderes da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) com a União Europeia deverá abordar, de forma significativa, as reações à ofensiva militar dos Estados Unidos no Mar do Caribe e no oceano Pacífico. Embora a cúpula tenha sido convocada há quase dois anos, com foco nas relações comerciais entre as regiões, a questão se tornou relevante devido à sua importância para os países da região.

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A embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe no Itamaraty, destacou a gravidade do tema, justificando sua possível discussão no encontro.

A Celac, conforme documento de 2014, busca manter a zona de paz, refletindo princípios fundamentais da política externa brasileira, como a solução pacífica de controvérsias, a não intervenção em assuntos internos e a defesa da paz. A situação exige atenção, considerando a presença dos EUA na região.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará da cúpula em Santa Marta, Colômbia, buscando discutir a presença dos EUA na região. Ele também estará presente na Cúpula de Líderes da COP30 em Belém, retornando à cidade no dia 10 de novembro para a abertura da conferência do clima.

Os Estados Unidos têm realizado ofensivas regulares no Mar do Caribe e no oceano Pacífico, justificando as ações como combate ao narcotráfico, com o objetivo de impedir o transporte de drogas da Venezuela e da Colômbia para os EUA. Até o último sábado (1º de novembro), foram 15 ofensivas, 16 embarcações destruídas e 64 mortos, incluindo um ataque no oceano Pacífico que resultou em três mortos.

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Lula enfatizou a necessidade de diálogo para resolver conflitos, expressando o desejo de evitar uma invasão terrestre e oferecendo o Brasil como interlocutor entre os EUA e o governo de Nicolás Maduro (PSUV, esquerda) na Venezuela. O Brasil busca manter um diálogo aberto com todos os países da região, independentemente de suas orientações políticas.

Não há informações sobre reuniões bilaterais entre Lula ou o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, com contrapartes venezuelanas, mas a diplomacia brasileira busca manter canais de comunicação abertos para promover a estabilidade e o diálogo na região.

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.

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