Lula Manifesta Opinião Contra a Independência do Banco Central

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou sua posição contrária à independência do Banco Central (BC) nesta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025. A declaração reacendeu o debate sobre o modelo de atuação da autoridade monetária, responsável por definir a taxa básica de juros no país.

O presidente do BC, Gabriel Galípolo, havia anunciado anteriormente que a Advocacia Geral da União (AGU) havia proposto alterações no texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65/2023, que visa ampliar a autonomia da autoridade monetária, um marco conquistado em 2021.

Lula ressaltou que, apesar de respeitar o papel técnico do BC, considera inadequado que um presidente eleito não tenha influência sobre decisões que impactam diretamente o nível de juros do país. Ele argumentou que juros elevados podem prejudicar investimentos e dificultar o crescimento econômico, afetando a população.

O presidente enfatizou a necessidade de diálogo entre o governo e o Banco Central, especialmente em relação ao projeto de desenvolvimento nacional. Ele acredita que a coordenação entre as políticas fiscais e monetárias é fundamental para evitar inflação descontrolada e garantir o bem-estar da população.

A conquista da autonomia formal do BC em 2021, através de uma lei complementar aprovada pelo Congresso Nacional, visava proteger a política monetária de pressões políticas de curto prazo. A medida busca aumentar a credibilidade do país no controle da inflação e reduzir o risco de interferências políticas nas decisões sobre juros.

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No entanto, críticos argumentam que essa autonomia pode limitar a coordenação entre as políticas fiscal e monetária.