O segundo presidente brasileiro considera o cenário atual semelhante ao momento da ascensão de Hitler na Alemanha.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que almejava a democracia, mesmo que o país estivesse sob governo de direita. Em entrevista a jornalistas no Chile, durante participação em cúpula em defesa da democracia, o petista afirmou que o encontro decorreu do risco do extremismo. Ele comparou essa situação ao contexto da ascensão de Hitler ao poder na Alemanha.
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“A democracia corre risco como correu na fundação do Partido Nazista. Como morreu com a questão da ascensão do Hitler. O que nós queremos é a democracia. Não importa que seja de direita, que seja de esquerda, que seja de centro”, declarou.
De acordo com Lula, a característica central da democracia reside na capacidade do povo de selecionar diversos grupos sociais para exercer a liderança. Ele exemplifica com a alternância de poder entre trabalhadores e empresários.
Não importa que o candidato escolhido seja de pensamento conservador. O eleitorado é que fará a escolha. O que importa é que ele respeite os direitos dos demais, que não seja um mentiroso.
Geralmente, as críticas referentes a mentiras e desinformação estão associadas ao nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que não foi mencionado por Lula nesta ocasião.
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Na ocasião, o presidente Lula, durante o encerramento da cúpula organizada pelo presidente chileno Gabriel Boric, declarou que a liberdade de expressão não é uma autorização para praticar crimes.
É de comum acordo a necessidade de regulamentação das plataformas digitais e o enfrentamento da desinformação, visando restabelecer a capacidade do Estado de proteger seus cidadãos. A liberdade de expressão não se confunde com autorização para incitar a violência, difundir o ódio, cometer crimes e atacar o Estado democrático de direito.
O presidente do Brasil declarou que o mundo enfrenta uma ofensiva contra a democracia e que são necessárias medidas urgentes e práticas para enfrentar o contexto atual. Além disso, participaram da reunião os chefes de Estado do Uruguai, Colômbia e Espanha.
A democracia liberal não conseguiu atender aos desejos e demandas atuais. A simples realização de eleições a cada quatro ou cinco anos não é mais suficiente. O sistema político e os partidos sofreram com a perda de credibilidade.
O presidente brasileiro afirmou que os chefes de Estado discutiram o reforço das instituições democráticas e o multilateralismo. Ele declarou que esses organismos haviam enfrentado “sucessivos ataques”.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.