Lula afirma traficantes são “vítimas” de intervenções internacionais

Presidente critica intervenções internacionais, incluindo atuação dos EUA na Venezuela. Saiba mais no Poder360.

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(Imagem de reprodução da internet).

Reunião entre Lula e Trump em Kuala Lumpur

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) proferiu declarações em Jacarta (Indonésia) na sexta-feira (24.out.2025), abordando as ações do governo de Donald Trump (Partido Republicano) no mar do Caribe, próximo à Venezuela. O foco das ações americanas é o combate ao narcotráfico.

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Lula argumentou que os traficantes são “vítimas dos usuários”. Segundo o presidente, é mais fácil combater o problema se se focasse nos usuários e na dependência química. “Toda vez que a gente fala de combater as drogas, possivelmente fosse mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente, os usuários.

Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também”, declarou.

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O presidente criticou a possibilidade de intervenções unilaterais em territórios estrangeiros, defendendo o respeito à soberania das nações. “Eu, antes de falar, de julgar alguém, antes de punir alguém, eu tenho que julgar essa pessoa. Eu tenho que ter provas”, disse Lula.

Lula enfatizou a necessidade de considerar a Constituição e a autodeterminação dos povos ao discutir o combate ao narcotráfico em outros países. “Você não pode simplesmente dizer que você vai invadir, que vai combater o narcotráfico na terra dos outros.

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Você leva em conta a Constituição dos outros países, a autodeterminação dos povos, você leva em conta a soberania territorial de cada país”, afirmou.

O governo dos Estados Unidos autorizou a CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) a realizar operações encobertas na Venezuela. Segundo a Casa Branca, as ações têm como foco o combate ao narcotráfico e a repatriação de cidadãos dos EUA detidos no país.

Lula declarou que tem disposição para conversar sobre o tema com Trump em um eventual encontro no domingo (26.out) em Kuala Lumpur (Malásia). “Se o presidente Trump quiser discutir esse assunto comigo, eu terei imenso prazer em discutir com ele o assunto.

Imenso prazer. Esse e outros assuntos”, disse.

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.

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