O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), não deve comentar sobre o Brasil, em declaração feita a jornalistas após a cúpula do Brics no Rio, em resposta à defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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“Não vou me pronunciar sobre a questão envolvendo Trump e Bolsonaro. Tenho assuntos mais relevantes para tratar do que isso. Este país tem leis, este país tem regras e este país tem um líder, o povo brasileiro. Portanto, cuide da sua vida, mas não da nossa”, declarou Lula.
O petista reagiu anteriormente, afirmando que não toleraria “interferência ou tutela de qualquer pessoa”. A declaração é uma resposta à publicação de Trump, que solicitou que Bolsonaro fosse deixado em paz.
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A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de qualquer pessoa. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Principalmente, aqueles que atentam contra a liberdade e o estado de direito.
Trump declarou na rede social Truth Social que o Brasil está promovendo uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro.
O Brasil está cometendo uma atitude terrível em seu tratamento com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Eles não fizeram senão seguir atrás dele, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano! Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo.
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O presidente dos EUA mantém aliança com Bolsonaro desde que ambos estiveram no poder. A publicação se refere a que Bolsonaro é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado e está inelegível até 2030.
A declaração de Trump ocorre também em um momento delicado da relação diplomática entre Brasil e Estados Unidos. O governo norte-americano avalia aplicar a chamada Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras, o que abriria um novo patamar de tensão bilateral.
A norma possibilita a punição de pessoas acusadas de infringir direitos humanos, com penalidades graves como o bloqueio de bens e restrições a operações financeiras. Caso seja implementada, a medida poderia afetar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e o incapacitar de atuar no sistema financeiro internacional, inclusive em bancos brasileiros com atuação nos Estados Unidos.
O povo brasileiro não tolerará o que está sendo feito com o ex-presidente. Estarei acompanhando de perto as acusações contra Jair Bolsonaro, sua família e seus apoiadores. A única instância decisiva é a eleição. PARE com as perseguições!
Fonte por: Poder 360
