Lula afirma que o Supremo Tribunal Federal não é “maçã doce”, mas defende a instituição
O chefe do executivo declarou que se faz imprescindível “assegurar as instituições que garantem a democracia deste país”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou no domingo (1º.jun.2025) que o STF (Supremo Tribunal Federal) “não é uma máquina doce”, mas que a corte deve ser protegida. “Precisamos preservar as instituições que defendem a democracia deste país. Se a gente for destruir tudo aquilo que a gente não gosta, não vai sobrar nada”, declarou.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O pronunciamento ocorreu no 16º Congresso Nacional do PSB, em Brasília. No discurso, o petista afirmou que é necessário ter uma maioria no Senado para impedir que a direita, em sua visão, “desestabilize” o STF: “Se não eleitarmos, eles vão causar uma confusão neste país”.
Existe a percepção de que, em caso de predominância de políticos de direita no Senado, aumenta a chance de que seja apresentado um pedido de impeachment de um ministro do Supremo Tribunal Federal. Na trajetória do Brasil, um ministro do Supremo nunca foi alvo de impeachment.
LEIA TAMBÉM:
● Tarcísio implementa inteligência artificial para apresentar o novo complexo do governo de São Paulo
● Em dois anos, 30% dos médicos migraram para outras áreas da saúde
● Senado exige que Moraes conceda acesso de visita aos detidos no ataque de 8 de janeiro
A declaração de Lula sobre o STF ocorre dias após o ministro Alexandre de Moraes receber uma carta do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (consulte o documento completo aqui). Na comunicação, os americanos informam que as empresas não estão sujeitas às determinações do magistrado no país.
O ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão da plataforma Rumble no Brasil após a empresa não ter bloqueado o perfil do jornalista Allan dos Santos, que reside atualmente nos Estados Unidos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A agência norte-americana declarou que não se manifestará sobre a execução de ordens judiciais relacionadas à atuação do Rumble no Brasil, mas que as diretrizes não são aplicáveis nos Estados Unidos.
De acordo com a correspondência, a legislação dos EUA “preveem diversos fundamentos para o não reconhecimento” de uma determinada medida solicitada por outra nação, “como a ausência de devido processo legal ou a incompatibilidade com normas de liberdade de expressão”. Eis a íntegra da tradução da carta (PDF – 62 kB).
O Ministério da Justiça também recebeu a carta. Declarou na sexta-feira (30.mai) que a encaminhou ao “setor responsável pela análise”.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.