Lula afirma que o crime organizado se transformou em “empresa multinacional”
O presidente Lula afirma que esses grupos atuam na política, no judiciário, no futebol e na cultura.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta segunda-feira (9.jun.2025) de sessão solene para assinatura da Declaração de Intenções entre o Brasil e a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), em Lyon (França). Ao discursar, declarou que a polícia, em todo o mundo, enfrenta seu momento mais desafiador.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Lula afirmou: “No crime organizado, você não enfrenta uma simples quadrilha. Você não enfrenta uns simples grupos. São verdadeiras empresas multinacionais que estão envolvidas dentro das empresas, estão envolvidas na política, estão envolvidas no judiciário, estão envolvidas no futebol, estão envolvidas em toda parte da cultura. É como se fosse um polvo de muitos tentáculos tentando tomar conta de tudo o que é errado no mundo”.
De acordo com Lula, “uma das consequências perversas da globalização é a articulação de grupos criminosos” além das fronteiras nacionais. “A criminalidade está evoluindo a uma velocidade sem precedentes, exigindo ações multilaterais, urgentes e coordenadas”, declarou.
O presidente afirmou que o crime organizado transformou-se em uma questão global, devido ao avanço tecnológico. “Para combater o crime de forma eficaz, é necessário restringir seus recursos financeiros, em particular a lavagem de dinheiro”, declarou Lula.
O presidente declarou que a Declaração de Intenções visa:
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Leia a íntegra (PDF – 107 kB) do discurso de Lula na Interpol.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza, assinaram a Declaração de Intenções.
Lula afirmou ser uma honra que um delegado brasileiro esteja à frente da Interpol. Urquiza exerceu a função de Diretor de Cooperação Internacional da Polícia Federal e também foi vice-presidente da Interpol para as Américas de 2021 a 2024.
O chefe do Executivo afirmou que foi uma honra visitar “a mais antiga organização policial do mundo, que reúne mais países-membros do que a própria Organização das Nações Unidas”.
O presidente do Comitê Executivo da Interpol, Ahmed Naser Al-Raisi, homenageou Lula com a medalha da organização, que celebra o esforço e a distinção no enfrentamento do crime transnacional.
Lewandowski afirmou que a eleição de Urquiza como secretário-geral da Interpol foi “um voto de apreço e confiança” no trabalho desenvolvido pela Polícia Federal. A declaração, segundo o ministro, “muito contribuirá” para fortalecer os laços entre o Brasil e a organização internacional.
O ministro declarou que a participação de Lula na cerimônia evidencia o empenho do governo no enfrentamento da criminalidade. Ele complementou que a colaboração “oferece um instrumento rápido, seguro e rigoroso” para combater o crime transnacional.
Urquiza destacou a importância crescente que Lula e do Brasil no cenário da segurança pública internacional e na defesa do multilateralismo.
Luiz Inácio Lula da Silva homenageou Urquiza com a Ordem de Rio Branco, título de Grande Oficial. A condecoração é concedida a pessoas e entidades, de qualquer nacionalidade, que tenham oferecido serviços relevantes ao país ou demonstrado feitos notáveis.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.