Lula afirma que é impossível reduzir em 10% a desoneração e isenções
Em evento da Petrobras, no Rio, o petista declarou que governos passados atendiam apenas 35% da população.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, na 6ª feira (4.jul.2025), seu desejo de reduzir 10% dos incentivos fiscais do Brasil, mas ressaltou que os mais favorecidos não desejam renunciar a eles. Em um evento da Petrobras, ocorrido no Rio, o petista afirmou que os governos passados beneficiavam apenas 35% da população, e que ele está governando para toda a população.
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Propus, e aqui estão os deputados, que pudéssemos realizar um desconto na desoneração de forma linear, em 10%. Temos R$ 860 bilhões em desoneração e isenção fiscal, e eu só queria diminuir 10%, o que deixaria as pessoas com 90%. Mesmo assim, não querem. Não querem porque quem tem privilégio não quer abrir mão de privilégio.
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Lula afirmou, em outra oportunidade, que não deseja que a população dependa do Bolsa Família ou de outros programas sociais, mas que se mantenha através do trabalho.
Muitas vezes o governo brasileiro não se preocupou em eliminar essa desigualdade. Esse país frequentemente foi administrado em benefício de 35% da população. Governar para 100% da população é mais complexo, demanda mais sacrifício. Exige mais trabalho, exige mais fraternidade, mais compreensão e mais carinho. E é difícil que as pessoas não queiram ceder. O que é difícil é que quem tem privilégios não quer abrir mão deles.
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O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou na quarta-feira (2.jul) que o governo projeta arrecadar R$ 20 bilhões em 2026 com a eliminação de benefícios fiscais. Ele classificou a estimativa como “conservadora”.
Durigan se encontrou com deputados da Comissão de Finanças e Tributação para tratar do PLP 41 de 2019, que estabelece os procedimentos de avaliação e revisão dos incentivos fiscais oferecidos às empresas da União.
A Câmara dos Deputados aprovou o requerimento de urgência do projeto no mesmo dia. O texto poderá ser votado diretamente na sessão plenária, sem análise prévia pelas comissões temáticas.
A urgência foi aprovada por meio de votação simbólica, isto é, sem a contagem dos votos individuais. A análise do requerimento ocorreu dias após a Câmara e o Senado terem revogado o decreto do governo que elevava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Na Câmara, a revogação obteve 383 votos a favor e 98 contra.
Nas redes sociais, o debate sobre o combate aos privilégios tem ganhado força. Aproximadamente 70 organizações divulgaram uma carta na qual denunciam o Congresso por defender os interesses das elites econômicas.
Os grupos solicitam a isenção do IR para aqueles que recebem até R$ 5.000 por mês – promessa de campanha de Lula. Além disso, defendem o aumento da taxação sobre altas rendas, lucros e patrimônio.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.