Na agenda oficial em Minas Gerais na quinta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) proferiu críticas contundentes ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e tratou das recentes medidas protetivas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Lula recordou o período em que esteve detido e declarou que se recusou a utilizar monitoramento eletrônico, alegando que não se tratava de um instrumento de vigilância.
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Afirmei que não tinha acordo porque não trocava minha dignidade por minha liberdade. Em segundo lugar, não iria usar tornozeleira porque não sou pombo-correio. Em terceiro lugar, não vou ficar preso em casa, pois minha casa não é cadeia. Quem inventou a mentira contra mim que me solte.
Com ênfase, Lula declarou que Bolsonaro será preso: “Preparou um golpe, nós ficamos sabendo. A polícia investigou. Eles mesmos se delataram. Agora ele foi indiciado, o procurador-geral pediu a condenação dele. E ele vai, sim, para a prisão”.
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As declarações ocorreram durante o anúncio de um pacote de R$ 1,17 bilhão para a educação indígena e quilombola. Em seu discurso, Lula afirmou que sua candidatura à Presidência se justifica por sua origem humilde e por sua trajetória: “Só há uma razão para uma pessoa como eu ser candidato a presidente da República: sei que eu tenho um lado, sei de onde vim, sei da minha origem e sei para onde vou”.
O presidente também classificou como “vergonhosa” a tentativa de interferência internacional, após Bolsonaro ser acusado de enviar seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para pedir apoio ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump: “Fez as bobagens que fez, agora mandou o filho dele sair de deputado federal e ir para Washington pedir que o presidente Trump intervenha no Brasil. É uma vergonha. Isso é falta de caráter, falta de coragem”.
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Lula afirmou que reiterou os conselhos recebidos para não deixar o país após sua condenação, mas enfatizou que optou por permanecer e provar sua inocência: “O homem que não morreu de fome até os cinco anos e sobreviveu não vai correr, não. Vou provar a minha inocência”.
Fonte por: Jovem Pan