Lula afirma que a extrema-direita da América Latina é subserviente e não soberana
O presidente conversou com líderes de esquerda, no Chile, e detalhou ações para o campo progressista considerando o crescimento de governos autoritários.
O presidente Lula (PT) voltou a alertar sobre o avanço da extrema-direita no cenário internacional, criticou suas práticas autoritárias e ressaltou a importância da sociedade estar engajada na defesa da democracia. As declarações foram proferidas durante um encontro com líderes da esquerda no Chile nesta segunda-feira 21.
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A direita latino-americana é subserviente e exalta antigas hegemonias. É antissoberana. Essa é a principal ameaça à construção de um continente integrado, desenvolvido e autônomo, frisou Lula, ao mencionar como desafio para o campo progressista a retomada de bandeiras atualmente defendidas por figuras extremistas.
Em meio aos vestígios do neoliberalismo, observamos como legado uma grande quantidade de pessoas marginalizadas e excluídas, presas às artimanhas de oportunistas que ignoram a política, afirmou. Defender a democracia é uma responsabilidade do governo e da sociedade. O momento é único e, portanto, deve ser a nossa atitude.
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O presidente do Chile, Gabriel Boric, juntamente com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, do Uruguai, Yamandú Orsi, e o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, participaram do evento.
O presidente brasileiro declarou que o extremismo político avança sobre as instituições e intensifica a polarização, mencionando a tentativa de golpe de Estado promovida pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), que enfrenta processo no Supremo Tribunal Federal.
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Os adversários da democracia deixaram de utilizar a diplomacia militar. Eles manipulam algoritmos, incitam o ódio e propagam o medo, fomentando uma guerra cultural, declarou.
Lula destacou novos desafios para o campo progressista e democrático, incluindo a regulação das plataformas e grandes empresas, em face da organização e da abrangência dos movimentos reacionários da extrema-direita. “Utilizam o comércio como instrumento de coerção e chantagem, comprometem a solidariedade entre as nações”, acrescentou, em uma crítica implícita à tentativa do presidente Donald Trump de implementar tarifas sobre produtos brasileiros.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.
