Lula afirma não adotar estratégias políticas visando atender o setor do agronegócio
O presidente declarou não destinar recursos para “antecipar casamentos” com o setor privado, mas sim para impulsionar a economia e a exportação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que não destinou “recordes” para o Plano Safra em seu 3º mandato, pois busca conquistar o agronegócio brasileiro, “pedindo em casamento”, e não porque o setor é prioritário para a economia do país.
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Em 3 Planos Safras, disponibilizamos o dobro do que foi realizado nos 4 anos anteriores do governo passado. Não fizemos isso com a expectativa de que o agronegócio aprovasse Lula. Não estou propondo um casamento. Faço isso porque o agronegócio é importante para a economia brasileira e para as exportações.
Lula declarou que possui consciência de que o agronegócio contribui com a segurança alimentar no país e para “construir” um país de classe média que não dependa de programas sociais. “É importante para que a gente tenha segurança alimentar viva e definitiva neste país, por isso cuidamos da agricultura familiar”.
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O governo federal implementou os Planos Safra para as agriculturas familiar e empresarial, com recursos que totalizam R$ 594,4 bilhões e taxas de contratação das linhas de crédito de até 14%.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), em entrevista ao programa “Bom dia, Ministro”, declarou na quinta-feira (3.jul) que Lula “fez 3 golaços” com a mobilização de recursos para financiamento das linhas de crédito da política, mas disse que “infelizmente” as taxas de contratação dos recursos ficaram mais altas do que ele “gostaria”.
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Deputados da oposição, em sua maioria da Base Ampla do Agro, manifestaram críticas ao anúncio do governo. A senadora Tereza Cristina (PP-MS) declarou que o “gasto” do governo Lula é a causa do aumento das taxas de contratação e da “redução no financiamento das atividades agropecuárias”.
Após retornar ao poder, o presidente Lula não estabeleceu uma relação positiva com o setor agroempresarial, que não demonstra apoio a um novo mandato do petista.
Produtores de grãos e pecuaristas manifestaram preocupação com a possível reeleição de Lula em 2026.
Considera-se que, para obter força suficiente até as eleições, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) necessitaria anunciar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como candidato antecipadamente.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi julgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 30 de junho de 2023, sendo condenado por abuso de poder econômico e utilização indevida dos meios de comunicação. Isso o tornou inelegível por oito anos.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.