Lula Condena Políticas dos EUA e Defende Diálogo com a Venezuela
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) proferiu um discurso contundente na 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, nesta terça-feira (23). Em sua fala, o mandatário criticou a política implementada pela Casa Branca, caracterizada por medidas coercitivas unilaterais contra outros países e que desestabilizam a política e a economia mundial.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Lula também defendeu o diálogo com a Venezuela, em meio à crescente tensão geopolítica na região. O petista questionou a utilização de ações militares, como os bombardeios recentes em águas caribenhas, argumentando que representam “execução de pessoas sem julgamento”.
Críticas à Política dos EUA e à Extrema Direita Brasileira
O discurso de Lula enfatizou a necessidade de respeito à soberania nacional e a rejeição à influência de uma “extrema direita subserviente” que, segundo ele, busca “ingerir assuntos internos”. Ele classificou as ações dos Estados Unidos como “agressão inaceitável” contra o poder judiciário brasileiro.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O petista ressaltou que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) serve como um “recado” para “candidatos a autocratas”, reafirmando a importância da defesa do Estado Democrático de Direito.
ONU em Crise e Defesa do Multilateralismo
Lula avaliou que a Organização das Nações Unidas está em um momento crítico, com seus ideais ameaçados “como nunca na história”. O presidente defendeu uma reforma da ONU, apontando para uma “desordem internacional” marcada por sanções e intervenções arbitrárias.
LEIA TAMBÉM!
O petista cobrou a refundação da Organização Mundial do Comércio (OMC), buscando um órgão com atuação efetiva no combate às medidas unilaterais e na promoção de um multilateralismo robusto.
Diálogo com a Venezuela e Rejeição à Intervenção Militar
Em resposta à situação na Venezuela, Lula defendeu a abertura de um canal de diálogo, rejeitando a utilização de ações militares como forma de combate ao narcotráfico. Ele criticou a “execução de pessoas sem julgamento” e enfatizou a necessidade de cooperação internacional para reprimir a lavagem de dinheiro e o comércio de armas.
O presidente também manifestou sua preocupação com a polarização e a instabilidade na América Latina e Caribe, defendendo a rejeição a comparações entre terrorismo e criminalidade, e a importância de soluções diplomáticas para os desafios da região.
