Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magalu, manifestou sua preocupação com a taxa de juros de 15% ao ano no Brasil, em uma declaração feita na segunda-feira, 8 de dezembro de 2025. Durante um evento no Conjunto Nacional, na avenida Paulista, em São Paulo, Trajano argumentou que a taxa “não tem justificativa” e que representa um obstáculo para as pequenas e médias empresas.
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A empresária defendeu um aumento na meta de inflação, sugerindo um percentual de 4%.
Contexto Econômico e Reunião do Copom
As declarações de Luiza Trajano ocorreram na véspera da reunião final do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que encerra na quarta-feira, 10 de dezembro de 2025. O Poder360 coletou estimativas de 11 instituições financeiras e consultorias, que uniram-se na previsão de manutenção da Selic em 15% ao ano.
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Desempenho Financeiro do Magalu no 3º Trimestre de 2025
O Magalu apresentou um resultado no terceiro trimestre de 2025 com vendas de R$ 15,1 bilhões, um leve declínio de 2,6% em relação ao mesmo período de 2024 (R$ 15,5 bilhões). Apesar da queda nas vendas, o ebtida (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) registrou um crescimento de 13,2%, atingindo R$ 807,4 milhões.
Margem Ebitda e Resultados Ajustados
A margem ebitda do Magalu ficou entre 7,9% e 8,9%, indicando um ganho de eficiência operacional, mesmo com a pressão dos juros altos e a leve queda nas vendas. O ebtida ajustado foi de R$ 711 milhões. O lucro líquido no terceiro trimestre de 2025 foi de R$ 84,6 milhões, uma redução de 17,4% em comparação com o mesmo período de 2024 (R$ 102,4 milhões).
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Já o lucro líquido ajustado, que exclui itens não recorrentes, alcançou R$ 21,2 milhões, uma queda de 69,8% em relação ao 3º trimestre de 2024.
Fluxo de Caixa e Desempenho Operacional
O Magalu gerou R$ 535 milhões em caixa no terceiro trimestre de 2025, com um acumulado de 12 meses de R$ 2,5 bilhões, impulsionado pela otimização do capital de giro, especialmente em gestão de estoques e arrecadação de impostos. O desempenho do comércio presencial foi positivo, com um crescimento de 5% nas vendas das lojas, atingindo R$ 4,7 bilhões, enquanto o e-commerce, via marketplace, registrou R$ 10,4 bilhões em vendas.
