Luiz Inácio Lula da Silva afirma que Israel precisa cessar o “vitimismo” e reconhecer a ocorrência de genocídio em Gaza
O presidente defende que o histórico de adversidades do povo judeu deveria motivar o governo de Israel a adotar maior “senso comum e humanidade” no tratamento aos palestinos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou sua crítica às ações do governo de Israel na Faixa de Gaza na segunda-feira (3.jun.2025). Em entrevista a jornalistas, o petista declarou que o que acontece no território palestino “não é uma guerra”, mas sim “um genocídio”.
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“O que está ocorrendo em Gaza não é uma guerra. É um Exército matando mulheres e crianças. Possivelmente, todas as pessoas de bom senso no mundo, inclusive gente do povo de Israel… E vocês já devem ter lido uma carta do ex-primeiro-ministro de Israel, criticando que não é mais uma guerra, de que é um genocídio.”
O presidente mencionou manifestações de autoridades israelenses e de militares do próprio país que teriam condenado as ações do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Lula criticou o que chamou de “vitimismo” do Estado israelense.
É necessário cessar esse victimismo. O que ocorre na Faixa de Gaza constitui um genocídio. Trata-se da morte de mulheres e crianças que não estão envolvidos em conflito. Reflete a decisão de um governo que nenhum povo judeu deseja.
Lula relatou ter presenciado cenas de crianças sendo mortas ao transportar alimentos e afirmou que é inaceitável considerar o episódio como uma guerra convencional. “Eu não sei se vocês viram a cena de duas crianças que estavam carregando farinha para comer e que foram mortas”, disse. “Então, não dá, como um ser humano… Não é nem como um presidente da República, é como um ser humano a aceitar isso como se fosse uma guerra normal. Não é.”
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O presidente reiterou o posicionamento do governo brasileiro em relação à Palestina e reiterou a defesa da criação de um Estado palestino com base nas fronteiras de 1967.
O Brasil foi o primeiro Estado a reconhecer o Estado Palestino, na América do Sul. E reafirmo que somente haverá paz quando reconhecermos que o palestino tem direito ao seu Estado e à terra demarcada.
O governo de Israel não deseja que os acordos de 1967 sejam implementados e, diariamente, envia pessoas para atacar o território palestino, inclusive tentando atacar a Cisjordânia para prejudicar produtores rurais palestinos.
O presidente afirmou que o legado de sofrimento do povo judeu deveria motivar o governo de Israel a adotar maior “senso comum e humanismo” no trato aos palestinos.
Diz que, justamente devido aos sofrimentos que o povo judeu enfrentou ao longo da história, o governo de Israel deveria demonstrar bom senso e humanidade no tratamento com o povo palestino. Eles agem como se o povo palestino fosse um cidadão de segunda classe.
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Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.