Loterias estaduais destacam papel social e geração de empregos em suas operações

Representantes de loterias defendem que o modelo de funcionamento visa gerar empregos e combater a informalidade. Confira no Poder360.

22/10/2025 15:12

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(Imagem de reprodução da internet).

Representantes de Loterias Estaduais Defendem Papel do Setor na Economia

Na quarta-feira (22.out.2025), representantes de loterias estaduais destacaram a contribuição do setor para a geração de empregos e renda. Eles ressaltaram a importância social e o impacto econômico das atividades lotéricas nos Estados. Além disso, houve um apelo pela regulação do setor e críticas à proposta de aumento da tributação federal sobre as apostas.

Hazenclever Lopes, presidente da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro), foi enfático ao criticar uma publicação do governo federal no Instagram, que defendia a elevação da cobrança sobre a receita bruta das apostas. Ele chamou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de “desinformado” e afirmou que o ministro não escuta as demandas do setor.

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Regulação e Arrecadação

Hazenclever Lopes afirmou que o recorde de arrecadação não é suficiente e que o país precisa de uma regulação adequada. “Regular é diferente de arrecadar”, enfatizou. Roberto Brasil Fernandes, sócio-fundador do escritório Brasil Fernandes Advogados, mediou o painel “O impacto das loterias estaduais no desenvolvimento socioeconômico do Brasil” durante o BiS (Brazilian iGaming Summit) em Brasília.

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Fernandes destacou que as loterias estaduais operam em um “ambiente sólido e legal” e que a atuação do setor é pautada por “responsabilidade e cautela”. Ele considerou um “equívoco enorme” a proposta de aumentar a tributação sobre as apostas, ressaltando que 70% do mercado ainda está na informalidade.

Busca por Equilíbrio Socioeconômico

Francisco Petrônio, superintendente da Lotep (Loteria do Estado da Paraíba), falou sobre a busca por equilíbrio socioeconômico. “As loterias da Paraíba procuram entender este momento para se adaptar ao mercado. Não buscamos apenas o desenvolvimento econômico, isso é uma visão limitada”, afirmou.

Hazenclever Lopes também comentou sobre a necessidade de estruturar modelos regulatórios sólidos, afirmando que o objetivo não é apenas arrecadar, mas regular. Ele criticou a ilegalidade dos bingos e o tratamento dado aos empresários do setor, que, segundo ele, foram criminalizados sem justificativa.

Potencial de Crescimento das Loterias

Hazenclever mencionou o potencial dos VLTs (video lottery terminals), que são equipamentos eletrônicos para jogos de loteria instantânea. Ele projetou que o modelo pode alcançar 200 mil terminais no Rio de Janeiro, gerando 65.000 empregos diretos e indiretos.

O executivo esclareceu que não está criando uma nova modalidade lotérica, mas respeitando a legislação federal. “O Rio de Janeiro não está legalizando caça-níqueis. A legalização deve ser feita pelo Congresso Nacional”, acrescentou.

Modelos de Operação nas Loterias

Everton Sales, diretor de Operação da Lotese (Loteria Estadual de Sergipe), destacou a construção de um modelo com “compromisso social”. Ele mencionou a presença do Banese na operação, o que, segundo ele, cria um “ambiente favorável”.

Eduardo Paiva, CEO da Lototins, enfatizou a eficácia do sistema de controle no Tocantins. “O governo tem 100% de controle sobre tudo o que acontece”, afirmou. Ele também mencionou que o Estado está avançando para o terceiro terminal de jogos, ressaltando o potencial da atividade.

Paiva informou que existem cerca de 5.000 VLTs operando no Brasil, com terminais alocados em pontos de venda variados, como bares e restaurantes.

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.