O Liverpool investiu aproximadamente R$ 2,2 bilhões (300 milhões de libras) em contratações na janela de transferências atual do futebol europeu, mas continua operando dentro das regras do fair play financeiro da Premier League. O clube, que obteve o título inglês da temporada 2024/2025, é o que mais gastou em reforços no mercado 2025/2026, e isso sem ultrapassar os limites estabelecidos pelas regras de sustentabilidade financeira da liga.

Já foram anunciados sete reforços, incluindo o atacante Hugo Ekitike, o meia Florian Wirtz (a transferência mais dispendiosa da história do clube, com valor de 150 milhões de euros), os laterais Frimpong e Kerkez, os goleiros Mamardashvili, Pécsi e Woodman, este último sem custo algum.

O Liverpool ocupa a primeira posição no ranking de investimentos em contratações, seguido por Chelsea, Real Madrid, Manchester United e Manchester City.

O clube assegura o equilíbrio financeiro através de diversas estratégias.

O elevado investimento decorre de três fatores primordiais: gestão histórica de despesas, aumento das receitas e estratégias contratuais que distribuem os custos ao longo do tempo, conforme declarado pelo GE.

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Nas últimas cinco temporadas, de 2020/2021 a 2024/2025, o Liverpool investiu 538,6 milhões de euros em contratações, o 14º maior valor entre os clubes europeus nesse período. Em 2024/2025, foram gastos apenas 12 milhões de euros, ao mesmo tempo em que foram obtidos 47 milhões de euros com a venda de jogadores.

Nos últimos dez anos, o clube também permaneceu atrás de grandes clubes como Chelsea, City, PSG, Juventus, Barcelona e United em termos de gastos. A postura mais cautelosa nos mercados anteriores possibilitou um investimento significativo nesta janela.

Ademais, o desempenho esportivo positivo tem elevado as receitas. Em 2023/2024, o Liverpool atingiu pela primeira vez a marca de 600 milhões de libras em faturamento. Projeta-se que esse valor tenha ultrapassado 700 milhões de libras na última temporada, com novo recorde previsto para 2025/2026.

A Premier League determina que cada clube pode registrar, no máximo, 105 milhões de libras (R$ 787,9 milhões) em prejuízo em um período de 3 temporadas, levando em conta eventuais aportes financeiros. O Liverpool, por manter as contas equilibradas e apresentar superávits nos anos anteriores, possui margem para investir atualmente.

Não existe teto salarial nem controle direto sobre o endividamento. A chave é operar dentro da própria capacidade de geração de receitas. O Liverpool faz isso com eficiência, o que explica sua liberdade para investir, disse o economista e sócio da Convocados Gestão de Ativos de Futebol, Cesar Grafietti.

Um aspecto relevante é o modelo contratual utilizado. Uma parcela significativa do valor total das contratações engloba metas de desempenho, bônus e pagamentos progressivos. Dessa forma, o clube assegura o investimento, porém, somente efetua o pagamento integral se os objetivos forem alcançados, uma prática habitual para salvaguardar o orçamento em situações de desempenho insatisfatório.

Gestão de longo prazo

Desde a sua aquisição pelo Fenway Sports Group, em 2010, o Liverpool tem se concentrado em estabilidade financeira, controle de custos e na otimização de receitas comerciais. O clube tem alcançado sucesso tanto no âmbito esportivo quanto no de negócios, com um crescimento notável em contratos de patrocínio, direitos de transmissão e bilheteria.

A equipe se encontra em Hong Kong para uma etapa da preparação. O jogo oficial será no dia 10 de agosto, contra o Crystal Palace, na final da Supercopa da Inglaterra. Até lá, o clube continuará com jogos amistosos.

Fonte por: Poder 360