Lisboa: Estrutura era “tragédia anunciada” e governo “corre atrás do rabo”

Economista manifesta críticas em relação à estratégia do Executivo em relação ao crescimento das receitas e aos investimentos.

14/07/2025 17:07

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Lisboa: Estrutura era “tragédia anunciada” e governo “corre atrás do rabo”
(Imagem de reprodução da internet).

O Ministério da Fazenda apresenta o discurso de busca pelo equilíbrio fiscal, contudo, observam-se inconsistências entre a retórica e a realidade, conforme afirma Marcos Lisboa, ex-secretário da pasta e ex-presidente do Insper.

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O economista afirmou, em entrevista à CNN Money na segunda-feira (14), que o arcabouço fiscal do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) era uma “tragédia anunciada” e que o Executivo “corre atrás do rabo” para equilibrar as contas públicas.

A proposta fundamenta-se no entendimento de que a PEC da transição e o arcabouço fiscal restabeleceram os indexadores de crescimento do gasto público em saúde e educação, significando que essas despesas aumentam em proporção elevada à receita.

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Você eleva a arrecadação para alcançar o equilíbrio fiscal, mas no ano seguinte a despesa precisa aumentar. O governo é como um cachorro correndo atrás do próprio rabo, afirmou Lisboa.

Era evidente, com a implementação da medida, que isso restringiria as margens de manobra e causaria uma escassez de recursos para políticas públicas, como se manifestou atualmente. Surpreende o governo estar surpreso, pois era uma consequência previsível.

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Os gastos com benefícios sociais, que em sua maioria acompanham o ajuste do salário mínimo, somados aos valores destinados à saúde e à educação, constituem as despesas obrigatórias. Economistas apontam uma incompatibilidade entre o crescimento desses recursos e o teto de gastos do arcabouço, o que reduz o espaço para investir em outras políticas públicas.

Na recente avaliação sobre o cenário da arrecadação e despesa pública, a equipe econômica do Executivo constatou que mais de 90% do orçamento eram destinados a esse contingente, reservando uma pequena parcela para os investimentos – que também são absorvidos pelas emendas parlamentares.

O governo considera que o cenário fiscal em Lisboa é resultado de uma situação criada e avalia que as medidas criativas implementadas pela gestão Lula para disfarçar o quadro fiscal são problemáticas.

O governo tem implementado várias maneiras de ampliar os gastos públicos, sem seguir o orçamento convencional, e assim o governo critica o Congresso pela sua agenda de gastos expansiva, e o Congresso responde questionando se o Executivo não faz o mesmo, e estamos nessa situação.

Estou surpreso que o governo não tenha tomado uma atitude antes, pois era um cenário previsível de um óbito iminente.

Identifique os 5 sinais de que as contas públicas do Brasil estão em risco:

  1. Incompatibilidade entre crescimento das despesas obrigatórias e o teto de gastos.
  2. Dependência excessiva de emendas parlamentares para financiar investimentos.
  3. Implementação de medidas criativas para disfarçar o quadro fiscal.
  4. Crescimento do endividamento público.
  5. Falta de previsibilidade no cenário fiscal.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.