Lisa Cook é a primeira mulher negra a integrar o Conselho de Governadores do Federal Reserve (Fed) e agora está sofrendo uma tentativa de destituição que pode provocar uma crise institucional sem precedentes no banco central americano. O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, na segunda-feira (25), sua intenção de removê-la do cargo. A analista de economia Thais Herédia detalha a trajetória de Lisa Cook no CNN Prime Time.
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Cook possui formação acadêmica, com graduação em filosofia e política, além de doutorado em economia. Sua trajetória inclui passagens pela Universidade de Harvard e pela Universidade de Michigan como professora, além de ter atuado no Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
Trajetória acadêmica e contribuições.
Sua pesquisa acadêmica investiga a relação entre a violência contra a população negra e seus efeitos na economia e inovação nos Estados Unidos. Em maio de 2022, Cook foi nomeado membro do Conselho de Governadores do Fed, sendo reeleito e empossado em setembro do ano seguinte.
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A composição do Conselho de Governadores era de sete membros, e a remoção de Cook poderia alterar consideravelmente o equilíbrio de forças na instituição. A confirmação de Cook para o cargo, que ocorreu no Senado em 2022, sucedeu um empate histórico, resolvido pelo voto de minerva de Kamala Harris.
Processo judicial se aproxima.
A argumentação de Cook sustenta que o processo de destituição é ilegal, pois a legislação estabelece que apenas membros do Fed podem ser removidos mediante justa causa. A previsão é que o caso vá à Suprema Corte, visto que não há investigação formal contra ela que justifique sua remoção.
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A ocorrência representa uma situação inédita para o Federal Reserve, que preserva sua independência formal há mais de 70 anos. O processo de destituição suscita preocupações sobre a autonomia da instituição e seu papel fundamental na economia americana.
Fonte por: CNN Brasil