Linha D’Água indenizará torcedor falecido

O Cruzeiro e a Máfia Azul foram condenados a pagar indenização, em processo por danos morais, ao pai de Mateus de Freitas Ferreira, torcedor morto em novembro de 2021, no valor de R$ 100 mil. A decisão, à qual a Itatiaia teve acesso, é da 22ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte.

Os advogados da família do jovem de 20 anos interporam recurso, buscando uma indenização superior. O montante inicialmente pleiteado era de R$ 400 mil.

Mateus faleceu em decorrência de um ataque a um ônibus em Belo Horizonte, em novembro de 2021. A Justiça constatou a participação de integrantes da Máfia Azul no crime.

Leia também:

O clube afirma não ter sido processado por Milton Nascimento

Filho do cantor Fagner marca gols em homenagem a pai após acidente no Cruzeiro

Fagner deve permanecer, e Christian pode retornar ao time principal contra o CRB

A decisão menciona que o dano moral foi comprovado considerando a forma como ocorreu a morte do filho do autor, que, após assistir uma partida de futebol, sofreu agressão violenta por membros da requerida.

A Itatiaia contatou o Cruzeiro para verificar se o clube apresentará recurso contra a decisão. A matéria será atualizada assim que houver resposta.

Revisar o ocorrido.

Membros da Máfia Azul, do Cruzeiro, abordaram um ônibus da linha 6350 (Estação Vilarinho/Estação Barreiro) que transitava pelo Anel Rodoviário, próximo ao bairro Novo das Indústrias, na região do Barreiro. O incidente ocorreu na noite de 28 de novembro de 2021, após o confronto entre Atlético e Fluminense.

A torcida do Cruzeiro lançou pedras, destroços de madeira, barras de ferro e bombas. O atleta do Atlético, Mateus de Freitas Ferreira, aos 20 anos, estava no grupo e tentou escapar, porém, faleceu em razão do ataque. Nove indivíduos, em sua maioria moradores do Barreiro, também ficaram feridos.

Em razão do falecimento de Matheus, a presença da torcida organizada Máfia Azul em todos os estádios do país foi proibida por um período de seis meses. O afastamento permaneceu em vigor até maio de 2022.

Três anos após o crime, os indivíduos Samuel Paixão de Souza e Riquelme Enderson Ribeiro da Silva, ambos ligados à Máfia Azul, receberam condenações de 67 e 50 anos de prisão, respectivamente, em decorrência de seu envolvimento no delito.

Gustavo Luiz da Silva e Walker Marcelino Gouveia foram considerados culpados e condenados a mais de 50 anos de prisão cada, em julgamento ocorrido em maio de 2023.

O Ministério Público alega que os acusados praticaram o homicídio por motivo torpe, crime de ódio, por meio de recurso que prejuízo à defesa da vítima e com emprego de método cruel.

Fonte por: CNN Brasil