Uma pesquisa do Upwork Research Institute identificou disparidades entre a percepção dos líderes executivos e a prática dos profissionais no que tange ao uso da inteligência artificial.
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A pesquisa indica que 96% dos líderes consideram que a IA elevará a produtividade. Contudo, 77% dos trabalhadores que utilizam a tecnologia relatam que ela expandiu a demanda por tarefas e tornou mais complexo o cumprimento de metas.
Aumento da pressão.
Cerca de 40% dos colaboradores em tempo integral relataram não ter conhecimento de como alcançar as metas de produtividade estabelecidas. Adicionalmente, 40% acreditam que as demandas são excessivas.
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A pesquisa indica impacto direto na permanência das empresas: um terço dos trabalhadores considera deixar o emprego nos próximos seis meses, devido à sobrecarga e ao risco de esgotamento.
De acordo com o estudo, 81% dos executivos elevaram as exigências sobre suas equipes no último ano. Em decorrência, 71% dos colaboradores manifestaram sinais de burnout e 65% relataram dificuldades para alcançar metas.
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O trabalho freelance tem ganhado destaque no mercado de trabalho, oferecendo flexibilidade e autonomia para profissionais que buscam novas oportunidades ou complementam sua renda.
Profissionais autônomos têm contribuído para diminuir a pressão. Gestores que integraram talentos externos relataram que esses indivíduos atendem e, em diversas ocasiões, excedem as exigências.
A inclusão desses benefícios engloba maior velocidade, melhoria na qualidade do trabalho, inovação e até mesmo o aumento da receita. Cerca de 80% dos executivos consideram os freelancers como essenciais, e 38% das empresas que ainda não os utilizam preveem a adoção dessa prática no próximo ano.
Gestão e novas métricas
Apesar do interesse em inteligência artificial, muitas empresas ainda não conseguem aproveitar ao máximo seus recursos. Segundo Andre Purri, CEO da HRTech Alymente, a questão reside em modelos de trabalho desatualizados.
Para obter ganhos significativos de produtividade e bem-estar, será preciso revisar a estrutura dos talentos e dos processos de trabalho, implementando abordagens mais flexíveis e focadas em competências.
A pesquisa sugere reconsiderar as métricas de produtividade, transcendendo a eficiência, implementar modelos de recrutamento focados em habilidades e incorporar profissionais externos. Para os funcionários, propõe-se incentivar o envolvimento ativo em programas de treinamento e oferecer feedback sobre as ferramentas.
A utilização de profissionais autônomos com expertise em inteligência artificial é considerada uma maneira de diminuir a pressão e otimizar a incorporação de novas soluções. “Apenas a integração entre tecnologia, novos modelos de gestão e variedade de habilidades possibilitará diminuir o risco de afastamento de profissionais importantes e impulsionar a inovação”, finaliza o estudo.
Fonte por: Carta Capital
