Líderes observam ganhos de produtividade com a inteligência artificial, enquanto funcionários denunciam excesso de trabalho

Pesquisa mundial indica elevação da carga de trabalho, risco de esgotamento e expansão do emprego de profissionais autônomos para amenizar a pressão.

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Uma pesquisa do Upwork Research Institute identificou disparidades entre a percepção dos líderes executivos e a prática dos profissionais no que tange ao uso da inteligência artificial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A pesquisa indica que 96% dos líderes consideram que a IA elevará a produtividade. Contudo, 77% dos trabalhadores que utilizam a tecnologia relatam que ela expandiu a demanda por tarefas e tornou mais complexo o cumprimento de metas.

Aumento da pressão.

Cerca de 40% dos colaboradores em tempo integral relataram não ter conhecimento de como alcançar as metas de produtividade estabelecidas. Adicionalmente, 40% acreditam que as demandas são excessivas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A pesquisa indica impacto direto na permanência das empresas: um terço dos trabalhadores considera deixar o emprego nos próximos seis meses, devido à sobrecarga e ao risco de esgotamento.

De acordo com o estudo, 81% dos executivos elevaram as exigências sobre suas equipes no último ano. Em decorrência, 71% dos colaboradores manifestaram sinais de burnout e 65% relataram dificuldades para alcançar metas.

LEIA TAMBÉM!

O trabalho freelance tem ganhado destaque no mercado de trabalho, oferecendo flexibilidade e autonomia para profissionais que buscam novas oportunidades ou complementam sua renda.

Profissionais autônomos têm contribuído para diminuir a pressão. Gestores que integraram talentos externos relataram que esses indivíduos atendem e, em diversas ocasiões, excedem as exigências.

A inclusão desses benefícios engloba maior velocidade, melhoria na qualidade do trabalho, inovação e até mesmo o aumento da receita. Cerca de 80% dos executivos consideram os freelancers como essenciais, e 38% das empresas que ainda não os utilizam preveem a adoção dessa prática no próximo ano.

Gestão e novas métricas

Apesar do interesse em inteligência artificial, muitas empresas ainda não conseguem aproveitar ao máximo seus recursos. Segundo Andre Purri, CEO da HRTech Alymente, a questão reside em modelos de trabalho desatualizados.

Para obter ganhos significativos de produtividade e bem-estar, será preciso revisar a estrutura dos talentos e dos processos de trabalho, implementando abordagens mais flexíveis e focadas em competências.

A pesquisa sugere reconsiderar as métricas de produtividade, transcendendo a eficiência, implementar modelos de recrutamento focados em habilidades e incorporar profissionais externos. Para os funcionários, propõe-se incentivar o envolvimento ativo em programas de treinamento e oferecer feedback sobre as ferramentas.

A utilização de profissionais autônomos com expertise em inteligência artificial é considerada uma maneira de diminuir a pressão e otimizar a incorporação de novas soluções. “Apenas a integração entre tecnologia, novos modelos de gestão e variedade de habilidades possibilitará diminuir o risco de afastamento de profissionais importantes e impulsionar a inovação”, finaliza o estudo.

Fonte por: Carta Capital

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.

Sair da versão mobile