A expansão de rotas aéreas, o aprimoramento do acesso a capital e a facilitação dos fluxos de investimento são temas centrais das discussões; o bloco re…
Empreendedores dos países que integram o BRICS se reuniram neste sábado (5), no Rio de Janeiro, um dia antes da cúpula dos chefes de governo do grupo. O objetivo do encontro é ampliar os negócios entre as 11 nações que compõem o bloco.
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Atualmente, o comércio interestadual apresenta crescimento expressivo, pois, embora cada nação possua relevância econômica, o volume de trocas entre nós é insuficiente quando comparado ao que movimentamos com o mercado externo. “É preciso avançar”, ressaltou o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban.
Para o diretor executivo da Embraer, Francisco Neto, que também coordena o Conselho Empresarial dos BRICS (CEBrics), é necessário expandir o comércio e a integração da cadeia de suprimentos desses países.
Neto mencionou que entre as recomendações do Cebrics estão a expansão de rotas aéreas, especialmente para conectar cidades de pequeno e médio porte, a melhoria do acesso ao capital, finanças sustentáveis e facilitação de fluxos de investimento internacional, a modernização da logística comercial e do comércio digital, e o fortalecimento da cooperação com o Novo Banco de Desenvolvimento para financiamento de infraestrutura.
O BRICS é formado por 11 países: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
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Eles representam quase metade da população mundial, 40% da economia global e mais de 20% do comércio mundial.
Em relação aos recursos naturais, o grupo detém aproximadamente 70% das reservas de terras raras, mais de 40% da produção de petróleo e quase 80% da produção de carvão mineral.
Segundo a CNI, o comércio do Brasil com os países do Brics alcançou US$ 210 bilhões, representando 35% do total. O bloco recebeu US$ 121 bilhões em exportações brasileiras.
Os empresários do Brics também priorizam a promoção da inovação e da transformação digital, além da transição energética e do desenvolvimento sustentável.
As recomendações [em transição energética e desenvolvimento sustentável] abordaram temas como: segurança alimentar e agricultura sustentável; agricultura regenerativa e restauração de terras; combustíveis e aviação sustentável, o SAF; energias renováveis e economia circular; e a descarbonização das cadeias de valor e tecnologias verdes, afirmou Neto.
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirma que, nos últimos dez anos, os encontros do BRICS se transformaram em um grande e importante protagonista da geopolítica mundial.
Os BRICS são o motor da economia global. Eles representam mais de 40% do Produto Interno Bruto mundial e apresentam um crescimento significativamente superior à média global. Assim, atuam como promotores do desenvolvimento mundial.
Alckmin ressaltou a relevância do encontro de empresários, para impulsionar as oportunidades de investimentos mútuos entre nossos países, o reforço do comércio exterior e o estímulo à inovação, a fim de que possamos progredir ainda mais.
Outro objetivo do Fórum de Empresários é promover o aumento da participação das mulheres na economia desses países.
A presidente da Aliança Empresarial das Mulheres do Brics, Monica Monteiro, afirma que apenas 15% das empresas que atuam internacionalmente no mundo são lideradas por mulheres, que também enfrentam dificuldades no acesso ao crédito.
Para alcançar o crescimento, necessitamos de recursos. Para obter esses recursos, é fundamental ter linhas especificamente voltadas para mulheres, pois as empresas maiores são geralmente lideradas por homens. É preciso estabelecer metas claras para atingir esse número, declarou Monica.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.