Líderes do Bloco de Brics defendem fortalecimento da atuação no enfrentamento das mudanças climáticas em encontro
Em um encontro no Rio de Janeiro, na cúpula, os países reiteraram seu compromisso com a transição energética e solicitaram maior financiamento climático…

Na conclusão da cúpula do BRICS, realizada no Rio de Janeiro, os países membros reiteraram seu compromisso com a transição energética e solicitaram a ampliação do combate às mudanças climáticas. O documento, com 38 páginas e mais de 120 itens, foi fruto de semanas de negociações entre os delegados dos países que compõem o bloco.
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Um dos aspectos chave da declaração é a exigência aos países desenvolvidos para honrarem as promessas de financiamento climático. O grupo defendeu que haja fluxos financeiros mais estáveis, apropriados e oportunos para as nações em desenvolvimento, ressaltando a relevância da Convenção Quadro da ONU sobre Mudança Climática e do Acordo de Paris.
Funções habituais, porém distintas.
Os líderes do BRICS destacaram que a ação climática deve ser pautada em “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”. Essa posição reflete a constatação de que os países mais ricos emitem mais poluentes e, por conseguinte, causam impactos climáticos mais severos nos países emergentes.
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A declaração também destacou a relevância da transição energética como um impulsionador do desenvolvimento. Adicionalmente, o grupo apoiou a proposta brasileira do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), considerada uma das principais fontes de financiamento climático.
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e da Mudança Climática, ressaltou que o Brasil pretende levantar US$ 150 bilhões em um fundo operacional até o início da COP30 em novembro. A ministra declarou: “O financiamento poderá ser uma combinação de recursos públicos e privados. O Brasil está oferecendo uma proposta sobre como mobilizar, além de recursos públicos necessários, que os países desenvolvidos se comprometeram em fornecer e que ainda não foram disponibilizados”.
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Silva também destacou o sucesso do Brasil em equilibrar a diminuição do desmatamento com o desenvolvimento da agricultura. De acordo com ela, o país obteve a redução de 46% no desmatamento na Amazônia e 32% em todo o território, prevenindo o lançamento de mais de 400 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, ao mesmo tempo que a agricultura cresceu 15% e a renda per capita aumentou mais de 11%.
A ministra declarou: “É possível enfrentar a mudança do clima desde que nos planejemos para ela”. Com essas ações, o Brasil almeja se destacar nas discussões sobre mudanças climáticas, sobretudo com a proximidade da COP30, que ocorrerá no país em novembro deste ano.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.