Líder do PT na Câmara considera “provocação infantil” a votação surpresa organizada por Hugo Motta

A presidência da Câmara agendou para esta quarta-feira a votação do projeto que revoga o decreto do governo federal relativo ao IOF, designando o deputa…

25/06/2025 17:21

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DF - CÂMARA/INSTALA COMISSÃO IMPOSTO DE RENDA - POLÍTICA - Foto, Deputado Lindbergh Farias  durante comissão. Nesta terça (6)  a Câmara dos Deputados instala comissão do Imposto de Renda para debater a (PL 1087/25) isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. O relator do PL é o Deputado Arthur Lira ex-presidente da Câmara dos  Deputados. 06/05/2025 - Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), recebeu críticas do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), que considerou “erro grave” e “provocação infantil” a decisão de pautar de surpresa o projeto que derruba o decreto do governo federal sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Lindbergh Farias também questionou a escolha do deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) como relator da proposta, classificando-a como “provocação desnecessária”, devido à sua posição de oposição ao governo.

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A principal crítica do petista reside no momento da votação. O projeto foi agendado em uma semana reduzida no Congresso devido às festas juninas, o que, segundo ele, prejudicou a mobilização de parlamentares da base aliada. “Foi uma temeridade pautar um tema de tamanha importância sem que houvesse quórum em Brasília”, disse Lindbergh, destacando ainda o impacto fiscal da proposta: o governo deixaria de contar com cerca de R$ 12 bilhões. O decreto do IOF faz parte do esforço do governo para alcançar a meta fiscal de 2025. De acordo com Lindbergh, ele integra um pacote de medidas que visam arrecadar até R$ 50 bilhões. “O governo precisava de R$ 50 bilhões, conseguiu R$ 30 bilhões e contou com o IOF para os R$ 20 bilhões restantes”.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também se manifestou em relação à movimentação e convocou uma reunião com líderes governistas pela manhã desta quarta-feira (25), no Palácio do Planalto. Em comunicado nas redes sociais, ela declarou que a derrubada do decreto poderá comprometer a liberação de emendas parlamentares. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu o decreto, afirmando que ele corrige distorções no sistema tributário e combate a evasão fiscal por parte dos mais ricos, contribuindo para o equilíbrio das contas públicas.

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Em resposta às críticas, o líder do PL na Câmara, deputado Sostenes Cavalcante (RJ), se manifestou em defesa de Hugo Motta e declarou que o governo já havia sido informado sobre a intenção de votar o mérito do projeto. “Na última reunião de líderes, o recado do Hugo Motta foi claro”, afirmou. Para ele, responsabilizar o presidente da Câmara pelo avanço da pauta é um erro de estratégia política.

Sustenes também defendeu a escolha de Christósto como relator: “É legítimo que um parlamentar da oposição seja escolhido para relatar uma proposta que contraria o governo”. Lindbergh, por sua vez, afirmou ver nas articulações uma tentativa de enfraquecer o governo Lula e antecipar o debate eleitoral de 2026. “Nós não vamos aceitar que tentem paralisar o governo do presidente Lula”.

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Publicado por Felipe Dantas

Reportagem elaborada com a ajuda de inteligência artificial.

Fonte por: Jovem Pan

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.