Líder do PL deve tratar com presidente da CCJ sobre Zambelli

A declaração segue o anúncio de Hugo Motta sobre que a perda do mandato de Zambelli será votada em sessão plenária.

12/06/2025 17:13

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Poder Entrevista: Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da bancada evangélica na Câmara dos Deputados, por Emilly Behnke. | Sérgio Lima/Poder360 00.set.0000
Poder Entrevista: Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da bancada ...

O presidente da Câmara dos Deputados, Sostenes Cavalcante (RJ), pretende dialogar com o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Paulo Azi (União Brasil-BA), e com outros líderes partidários para tentar evitar a cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Ela deixou o Brasil e se instalou na Itália após ter sido condenada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ocorrida em 2023.

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A declaração do líder do PL ocorre após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciar na terça-feira (10.jun) que a decisão sobre a perda de mandato de Zambelli será submetida à votação no plenário.

Sustenes afirmou que ainda não tem data definida para conversar com Azi, mas que o encontro ocorrerá “ao longo do dia”. O congressista do PL declarou a jornalistas após a reunião entre líderes partidários nesta quinta-feira (12.jun).

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Ele argumenta que a discussão deve abordar o andamento do caso e a viabilidade de acelerar a análise do processo.

Para que a congressista vença a perda do mandato, serão necessários 257 votos favoráveis. Motta recuou do posicionamento que havia adotado na segunda-feira (9.jun), quando declarou que “não cabia” aos congressistas votar a cassação da deputada.

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CARLA ZAMBELLI

Em 14 de maio, o STF condenou Zambelli, por unanimidade, à pena de 10 anos de prisão, acrescida da perda do mandato, em razão de falsidade ideológica.

Ela e o hacker da “Vaza Jato”, Walter Delgatti Neto, buscaram invadir o sistema do CNJ para expedir um mandado de prisão para o ministro Alexandre de Moraes, como se ele tivesse ordenado sua própria detenção.

Investigações apontaram que a invasão foi conduzida por Delgatti, que admitiu ter atuado sob as ordens da deputada. O hacker foi julgado e sentenciado a oito anos e três meses de reclusão.

Zambelli afirmou ter deixado o Brasil em 3 de junho. Primeiramente, ela se dirigiu aos Estados Unidos. No dia seguinte, Alexandre de Moraes ordenou a prisão preventiva e a suspensão das redes sociais de Zambelli.

A congressista teve seu nome incluído na lista vermelha da Interpol em 5 de junho, sob solicitação de Moraes. ela figura como foragida internacional e pode ser presa em outros países.

Em 6 de junho, a deputada declarou à CNN Brasil que pretende se entregar voluntariamente às autoridades italianas. No mesmo dia, a 1ª Turma do STF rejeitou, por unanimidade, o recurso da congressista contra a condenação.

Esta reportagem foi escrita pela estagiária de jornalismo Isabella Luciano, sob a supervisão da editora-assistente Isadora Albernaz.

Fonte por: Poder 360

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.