O exército libanês iniciará a implementação de seu plano para desarmar o Hezbollah, informou o ministro da Informação, Paul Morcos, após uma reunião do governo, nesta sexta-feira 5, sobre o assunto que divide o país.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em agosto, sob intensa pressão dos Estados Unidos e com receio de um aumento dos bombardeios israelenses no Líbano, o governo de Nawaf Salam ordenou ao exército a elaboração de um plano para desarmar o movimento xiita pró-Irã antes do final do ano.
O Hezbollah foi o único grupo que manteve as armas após a guerra civil no Líbano entre 1975 e 1990, alegando que a milícia exerce uma “resistência” contra Israel, e rejeita veementemente a decisão do governo libanês de optar por seu desarmamento.
LEIA TAMBÉM!
Esta decisão ocorreu após o movimento ter perdido força significativamente após o conflito com Israel em 2024. Contudo, o Hezbollah se opõe ao seu desarmamento, alegando que as autoridades estão a favorecer Israel e os Estados Unidos.
As discussões governamentais sobre o tema foram novamente boicotadas por ministros xiitas, em especial os do Hezbollah e seu aliado, o movimento Amal.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Morcos afirmou que o governo celebrou as ações sugeridas pelo exército para “implementar a decisão de ampliar a autoridade do Estado por meio de suas próprias forças e restringir o porte de armas às autoridades legítimas”.
O governo optou por manter os detalhes “secretos” do plano, e informou que o exército “apresentaria ao governo um relatório mensal sobre o assunto”.
Os cinco ministros xiitas do governo, com a presença de representantes do Hezbollah e do movimento Amal, quittaram a reunião após o comandante do exército apresentar seu projeto.
Fonte por: Carta Capital