O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, obteve o visto diplomático dos Estados Unidos e poderá compor a delegação do presidente Lula (PT) na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, a ser realizada na semana seguinte, em Nova York.

A liberação foi confirmada pelo Itamaraty, após semanas de impasse. O documento havia sido revogado em agosto pelo governo norte-americano, em razão de sanções impostas a autoridades brasileiras.

O Departamento de Estado tem restringido a entrada de pessoas relacionadas a políticas consideradas polêmicas, incluindo o programa Mais Médicos, que recebeu críticas de Washington devido à alegação de que financiava Cuba por meio da contratação de médicos estrangeiros.

Além de Lewandowski, outros membros do governo e do Supremo Tribunal Federal também foram sujeitos ao cancelamento de vistos. Dentre eles, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que ainda está pendente de autorização, e magistrados do STF como Alexandre de Moraes.

De acordo com o pacto estabelecido em 1947 entre as Nações Unidas e os Estados Unidos, o país anfitrião deve outorgar passaportes a todas as missões diplomáticas competentes sem atraso ou encargos suplementares.

Leia também:

Reino Unido impõe 90 novas sanções à infraestrutura petrolífera da Rússia e terminais na China

Venezuela denuncia EUA por facilitar narcotráfico no Caribe e ignora o Pacífico

Cortes de financiamento podem deixar 13,7 milhões em fome extrema, alerta PMA sobre Haiti, Somália e Sudão

Com a autorização, Lewandowski deve viajar com Lula no domingo 21. O Brasil, seguindo o padrão, iniciará os debates da Assembleia-Geral, em 23 de setembro, precedido pelos Estados Unidos.

Fonte por: Carta Capital