Leilão do Pré-Sal Arrecada R$ 8,79 Bi, Surpreende e Abaixa Expectativas do Governo

Leilão do Pré-Sal arrecada R$ 8,79 bi, abaixo das expectativas! Petrobras e Shell vencem em Mero, Tupi não tem proposta. TCU critica previsões do governo.

04/12/2025 11:00

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(Imagem de reprodução da internet).

Leilão do Pré-Sal Arrecada R$ 8,79 Bilhões, Abaixando Expectativas

O leilão das áreas não contratadas do pré-sal, realizado nesta quinta-feira (4 de dezembro de 2025) pela Pré-Sal Petróleo S.A. na Bolsa de Valores de São Paulo, obteve um resultado de R$ 8,79 bilhões. O valor arrecadado ficou significativamente abaixo das projeções da equipe econômica, que esperava R$ 14,78 bilhões – uma diferença de aproximadamente 40%.

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O certame oferecia percentuais remanescentes da União nas jazidas de Mero, Atapu e Tupi, localizadas na Bacia de Santos.

Apenas Dois Lotes Receberam Propostas

Apenas dois lotes foram disputados, com um consórcio formado pela Petrobras e Shell sendo o único a apresentar uma proposta. No campo de Mero, o maior do leilão, a oferta vencedora foi de R$ 7,79 bilhões, representando um ágio de 1,9% sobre o valor mínimo de R$ 7,64 bilhões.

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Para a jazida de Atapu, a proposta foi de R$ 1 bilhão, um aumento de 16% em relação ao valor mínimo de R$ 863 milhões.

Lote de Tupi Não Recebeu Propostas

O lote referente à jazida de Tupi, considerada o maior campo produtor do país, não obteve nenhuma proposta. O edital previa uma oferta mínima de R$ 1,69 bilhão. O resultado do leilão veio abaixo das expectativas do governo, que havia apresentado diferentes estimativas de arrecadação ao longo do ano.

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A Fazenda projetava R$ 14,78 bilhões, e durante a tramitação da autorização no Congresso, chegaram a circular previsões superiores a R$ 15 bilhões.

TCU Aponta Falhas na Governança do Leilão

O Tribunal de Contas da União (TCU) liberou o leilão, mas com ressalvas. O ministro Bruno Dantas destacou a falta de uma “análise robusta” que justificasse a antecipação das receitas da União, mencionando uma motivação “urgência fiscal”.

O TCU alertou o Ministério de Minas e Energia (MME) para a necessidade de estudos comparativos sobre alternativas de financiamento da União e ressaltou os riscos em previsões orçamentárias baseadas em receitas incertas. A assinatura dos contratos está prevista para até 4 de março de 2026, e a empresa vencedora integrará os consórcios operacionais a partir de março de 2027.

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.