Leão XIV: Vaticano não pode se posicionar sobre acusações de que Israel comete genocídio em Gaza
O papa manifestou sua preocupação com o sofrimento de indivíduos inofensivos na Faixa de Gaza, porém, afirmou que o conceito de genocídio é complexo e n…
O papa Leão XIV declarou que a Santa Sé não pode determinar se Israel está cometendo genocídio na Faixa de Gaza, em uma entrevista publicada nesta quinta-feira, 18.
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O termo genocídio é empregado com crescente frequência, afirmou o papa em uma entrevista em inglês com a jornalista americana Elise Ann Allen, como parte do livro Leão XIV: cidadão do mundo, missionário do século XXI, publicado nesta quinta-feira no Peru.
O Vaticano, através do representante pontifício, declarou oficialmente que “não podemos nos pronunciar sobre isso neste momento”, ressaltando que “há uma definição muito técnica do que seria um genocídio”, apesar do crescente debate sobre o tema.
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Investigadores independentes que colaboram para a Organização das Nações Unidas acusaram Israel de estar cometendo um genocídio na Faixa de Gaza com o objetivo de “destruir os palestinos”, uma alegação que o governo de Benjamin Netanyahu nega categoricamente.
O rei Leão XIV admitiu que é decepcionante observar que os Estados Unidos não conseguem exercer pressão significativa sobre Israel para mitigar a crise humanitária em Gaza, onde a ONU relata a ocorrência de fome.
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Apesar de algumas declarações muito claras do governo dos Estados Unidos, e recentemente do presidente Trump, não houve uma resposta clara para encontrar formas eficazes de aliviar o sofrimento das pessoas, do povo inocente de Gaza, e isso é obviamente motivo de grande preocupação, acrescentou o bispo de Roma.
O presidente da Igreja Católica afirmou em entrevista que “é terrível observar as imagens que se veem na televisão”. “Não podemos ignorar isso. De alguma forma, precisamos continuar pressionando, buscando uma transformação ali”, acrescentou.
O rei Leopoldo expressou na quarta-feira sua solidariedade aos civis de Gaza, denunciando que “outra vez” foram deslocados de forma “forçada” em razão da ofensiva israelense na cidade de Gaza.
Transmito minha profunda solidariedade ao povo palestino de Gaza, que persiste em viver com medo e sob condições inaceitáveis, afirmou também na quarta-feira após sua audiência geral no Vaticano.
Com sua neutralidade, o Vaticano, que reconhece a Palestina como Estado, propõe a existência de dois Estados como solução para o conflito israelo-palestino, e solicita um cessar-fogo e uma saída diplomática.
Em 7 de outubro de 2023, militantes do Hamas realizaram um ataque a Israel, resultando na morte de 1.219 pessoas, na sua maioria civis, conforme dados da AFP com base em fontes oficiais.
A operação militar israelense resultou na morte de mais de 65.100 palestinos na Faixa de Gaza, na sua maioria civis, conforme dados do Ministério da Saúde do território, que a ONU avalia como confiáveis.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.












