Uma disputa judicial complexa está em andamento nos Estados Unidos, envolvendo a minissérie brasileira sobre o piloto de Fórmula 1, Ayrton Senna. O autor, Lauren Wild, move a ação alegando plágio de seu roteiro.
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O processo, aberto na Califórnia, detalha o envolvimento de Wild com a produtora brasileira Gullane, iniciado em 2013. Conversas com executivos da Sony Pictures e Warner Bros. Entertainment, incluindo T. Paul Miller e Andrew Lazar, foram parte dessa interação.
Wild afirma que foi informado sobre a necessidade de grandes revisões no roteiro original da Gullane. Entre 2016 e 2018, ele teria escrito 11 episódios para uma série chamada “Built for Speed: Senna”, registrando-a nos órgãos de direitos autorais dos EUA.
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Segundo o processo, Wild enviou os seis primeiros episódios a pedido de Gabriel Lacerda, produtor da Gullane. A produtora, liderada por Fabiano Gullane, teria oferecido a Wild o cargo de showrunner da minissérie e a oportunidade de co-roteirista de um filme.
O processo aponta para uma suposta declaração da Gullane, indicando o desejo de utilizar a pesquisa e o material escrito por Wild, além de sua participação na equipe de roteiros da série e do filme.
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Embora tenham havido discussões preliminares, nenhum contrato formal foi assinado. Em 2019, a Gullane interrompeu a comunicação com Wild, alegando que os recursos seriam direcionados a outro projeto.
Com o lançamento da minissérie na Netflix, dirigida por Vicente Amori e Júlia Rezende, Wild alega que a obra é “substancialmente semelhante” ao seu roteiro original, destacando semelhanças em personagens e eventos.
O autor acusa a Netflix de não ter realizado “verificações prévias” antes da aprovação da produção. A ação busca reparação por violação de direitos autorais, quebra de contrato implícito e enriquecimento ilícito, solicitando uma ordem judicial para impedir que a Gullane e a Netflix continuem a explorar a série.
Ambas as empresas se recusaram a comentar o caso.
