Labubu, sexualização: como lidar com tendências na redação do Enem?
Tópicos que se destacam em 2025 podem se tornar referências e aprofundar o conteúdo do texto.
A redação do Exame Nacional do Ensino Médio constitui uma das etapas mais esperadas e complexas da avaliação.
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O assunto é determinado alguns meses antes, mas isso não implica que as discussões atuais – como a febre dos Labubus e o debate sobre a sexualização – sejam deixadas de fora. Pelo contrário: eventos recentes e tendências do momento podem ser utilizados como material para enriquecer a argumentação, aumentando as possibilidades de uma avaliação positiva.
O tema do Enem é geralmente abordado entre maio e junho, estando então pronto antes da aplicação. Assim, qualquer tendência ou novidade que surja posteriormente não se torna o foco em si, mas pode ser utilizada na redação. Referências atuais enriquecem significativamente o conteúdo, comenta Tanay Gonçalves, professora de Redação da Plataforma Professor Ferretto.
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<h2 id="Labubu, consumo e redes sociais”>Labubu, consumo e redes sociais.
Um caso notável são as febres de consumo, como o boneco Labubu ou fenômenos virais recentes como o morango do amor. Para a especialista, esses casos ilustram padrões de comportamento do século XXI, em que as redes sociais influenciam diretamente a maneira de consumir.
Podemos referir-se a essas tendências de consumo para analisar como os desejos se formam através das redes sociais. Frequentemente, não distinguimos se algo é um gosto pessoal ou apenas uma tendência imposta. Esse acervo de novidades auxilia na discussão de temas relacionados ao consumo, à sociedade ou à cultura, conforme explica a professora Tanay.
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A adolescência e a infância na era digital.
Um exemplo adicional é o debate recente sobre a sexualização e a exploração de crianças nas redes sociais, trazido à tona recentemente com denúncias do influenciador Felca. Para Tanay, esse tema não seria o foco principal neste ano, visto que o processo de elaboração da prova foi finalizado meses antes, mas pode servir como suporte para abordar questões sociais relevantes.
A exposição das crianças na internet já era possível de acontecer. A discussão sobre a adultização e a erotização é um repertório abundante que entra como atualidade para enriquecer uma redação. Seja sobre infância, trabalho infantil virtual ou superexposição de crianças, esses elementos auxiliam a contextualizar melhor o argumento, afirma a docente.
id=”Repositório além de filósofos”>Repositório além de filósofos
A professora ressalta que repertório não se limita a citar filósofos ou obras clássicas. Notícias, debates recentes e fenômenos culturais também desempenham essa função. “As atualidades também contam como repertório. Elas servem para ilustrar, contextualizar e demonstrar que o estudante está conectado com o que acontece no mundo. Essa é uma diferença importante para quem busca uma redação bem avaliada no Enem”, recomenda.
Com mais de 4,8 milhões de inscritos no Enem 2025, segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), os estudantes precisam se preparar não apenas dominando técnicas de escrita, mas também sabendo relacionar o tema proposto com acontecimentos relevantes. “Um repertório atualizado mostra maturidade de leitura do mundo e pode fazer diferença na hora da correção”, finaliza a educadora.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.












