Laboratório inovador de mosquitos visa auxiliar no controle da dengue em Brasília

A utilização de tecnologia introduz uma bactéria nos mosquitos Aedes aegypti e impede o crescimento do vírus no corpo do inseto.

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(Imagem de reprodução da internet).

A liberação de mosquitos geneticamente modificados, contendo a bactéria Wolbachia, ocorreu na terça-feira (9) para auxiliar no controle da dengue, zika e chikungunya no Distrito Federal e nos municípios goianos de Valparaíso de Goiás e Luizânia.

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A ação representou a inauguração da biofábrica do método Wolbachia, situada na região administrativa do Guará, a 10 quilômetros de Brasília.

A tecnologia introduz a bactéria nos mosquitos Aedes aegypti e impede o desenvolvimento do vírus no organismo do inseto, diminuindo a transmissão. Informa Juracy Cavalcante Lacerda, secretário de Saúde do Distrito Federal.

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A produção é de um mosquito com a bactéria, que se chama Wolbito. A ideia é que se possa realizar a soltura em massa desses mosquitos para provocar uma mudança nessa população de mosquitos. Atualmente, os Aedes aegypti que estão circulando têm a capacidade de transmitir diversas doenças: zika, dengue e os vários tipos de dengue. No entanto, o Wolbito, ao entrar nesse mosquito, impede a replicação desses vírus. Assim, obviamente, se reduz drasticamente a possibilidade desse vírus de transmitir a doença.

Em 2025, no primeiro semestre, observou-se uma diminuição de 75% nos casos de dengue e de 73% das mortes causadas pela doença no país. Contudo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, adverte que não é o momento de relaxar.

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Estamos lançando, a partir de setembro, toda a ação para a população nesse segundo semestre de orientação. Este período, que é o momento de menor transmissão, é, na opinião do Ministério da Saúde, o melhor momento para conscientizar as pessoas, orientá-las, realizar os levantamentos de dados, de onde está a concentração de mosquitos e do impacto do aumento da temperatura média das cidades na multiplicação dos mosquitos e nos casos.

A nova fábrica trará benefícios para dez regiões do Distrito Federal, além de dois municípios goianos, impactando mais de 750 mil pessoas. A unidade possui uma das maiores operações do método Wolbachia no Brasil, com capacidade para produzir 6 milhões de mosquitos adultos por semana.

O produto é distribuído semanalmente em 20 mil unidades, com a liberação que demanda 26 veículos e 52 funcionários por dia.

A bactéria Wolbachia é um microrganismo intracelular obrigatório que infecta uma grande variedade de animais e insetos.

No Brasil, 16 cidades já implementaram a técnica. Em julho, Curitiba inaugurou a maior biofábrica Wolbachia do mundo.

Em Niterói, no Rio de Janeiro, dados recentes indicam uma diminuição de 88% nos casos de dengue após a implementação da estratégia.

A novidade deverá ser lançada em Natal, Uberlândia (MG) e Presidente Prudente (SP) até o final do ano.

O Brasil deverá alcançar mais de 1 milhão de casos prováveis de Dengue em 2025.

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Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.

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