Kamala Harris declarou que não buscará cargos públicos, justificando a decisão após considerar o sistema como “quebrado”, em referência à sua escolha de não concorrer ao governo da Califórnia.
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Harris também abordou o que ela considera um “desempenho” por parte dos responsáveis pela proteção da democracia no segundo mandato de Donald Trump.
Após sua derrota na eleição de 2024 para a presidência, a ex-candidata Harris comentou sobre sua trajetória na esfera pública, ressaltando que, ainda jovem, acreditava que aqueles que buscam aprimorar ou transformar um sistema deveriam agir tanto externamente quanto internamente.
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“Esta tem sido a minha trajetória e recentemente decidi que, por ora, não desejo retornar ao sistema, acredito que ele está falido”, declarou Harris em entrevista ao “The Late Show with Stephen Colbert”, da emissora americana CBS.
“Continuou Harris que, apesar de que nossa democracia possa ser vulnerável, nossos sistemas seriam robustos o bastante para proteger nossos princípios mais essenciais, e acredito que, no presente momento, eles não são tão fortes quanto deveriam ser.”
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“Atualmente, não desejo retornar ao sistema. Desejo viajar pelo país. Quero ouvir as pessoas. Quero conversar com as pessoas. E não quero que seja uma transação em que eu peça o voto delas”, acrescentou a ex-vice-presidente.
Os comentários de Harris reiteraram uma afirmação feita no início desta semana, na qual ela declarou que não concorrerá ao governo da Califórnia, afirmando que sua liderança não ocorreria em um “cargo eletivo”.
Ela era a principal favorita entre os potenciais candidatos à vaga e informou ao entrevistador, Stephen Colbert, que refletiu consideravelmente sobre uma possível candidatura antes de tomar a decisão de não aceitá-la.
Ao ser perguntada se antecipava algumas das ações que Trump implementou, como os cortes no Medicaid, o projeto de lei de política interna ou os ataques a oponentes políticos, ela respondeu: “o que eu não previu foi a rendição”.
“Talvez seja ingenuo da minha parte, alguém que viu muita coisa que a maioria das pessoas não viu, mas eu acreditava que, em algum nível, existiam muitos que se consideravam guardiões do nosso sistema e da nossa democracia e que simplesmente desistiram. E eu não esperava por isso”, declarou ela.
“Acredito que muitas pessoas usam a situação como justificativa para comportamentos irresponsáveis”, declarou.
Ela criticou notavelmente o Congresso por não impedir os esforços de Trump para reduzir o Departamento de Educação, afirmando que eles “estavam apenas de braços cruzados”.
Harris, que lançará um livro em setembro sobre sua campanha presidencial de 2024, intitulado “107 dias”, também comentou sobre o período que teve para administrar uma campanha após o então presidente Joe Biden desistir da disputa.
Ela afirmou estar muito consciente e ciente da escassez de tempo.
Em relação ao seu futuro político, declarou: “É importante que, neste momento em que as pessoas estão tão desanimadas e com medo, aqueles que têm a capacidade – que eu tenho agora, não estando em um cargo em que estou fazendo campanha – de estar lá, conversar com as pessoas e lembrá-las de seu poder.”
Harris também foi solicitada a indicar um líder do Partido Democrata, porém recusou, afirmando que existiam muitos candidatos e ela não desejava excluir alguém.
É um erro para nós, que desejamos encontrar uma saída dessa situação e superá-la, atribuir a responsabilidade nos ombros de uma única pessoa. Na realidade, a responsabilidade é de todos nós.
Fonte por: CNN Brasil