Justiça Eleitoral de São Paulo condena prefeito de Diadema
A Justiça Eleitoral de São Paulo decidiu condenar o prefeito de Diadema, Taka Yamauchi (MDB), a uma pena de seis meses e 25 dias de prisão por difamação e injúria eleitoral. A sentença foi estabelecida em regime inicial aberto.
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Durante um debate eleitoral em 2024, o prefeito fez uma declaração que relacionou Marco Aurélio Santana Ribeiro, chefe do gabinete pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao crime organizado. Em 23 de agosto de 2024, Yamauchi afirmou: “O Brasil vem sofrendo há muito tempo com o crime organizado, inclusive o tal de Marcola, lá de Brasília, de forma irregular, mandou dinheiro aqui pra Diadema, conforme denunciado pela mídia, e o pior é que esse dinheiro não chegou para a população.
A pergunta é simples candidato, cadê o dinheiro? Tá vindo de táxi?”.
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Decisão da Justiça
A juíza Clarissa Rodrigues Alves, em sua decisão, destacou que Taka Yamauchi ofendeu a honra e o decoro de Marco Aurélio Santana Ribeiro ao imputar-lhe um fato que prejudicou sua reputação. A juíza observou que, mesmo sem conhecer a vítima, o réu fez uma associação ofensiva ao crime organizado.
Segundo a decisão, ao afirmar que o Brasil enfrenta problemas com o crime organizado e usar o advérbio “inclusive” para relacionar a vítima a essa situação, Taka Yamauchi difamou a honra de Marco Aurélio. A juíza ressaltou que é amplamente conhecido que “Marcola” é um dos líderes da facção criminosa PCC, e não a vítima.
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Contexto da condenação
A Justiça Eleitoral de São Paulo concluiu que o réu montou uma narrativa a partir de reportagens distintas, inserindo palavras que ofenderam a reputação e dignidade da vítima. A decisão enfatizou que a frase proferida no contexto eleitoral tinha o objetivo de prejudicar a imagem do outro candidato, associando-o a “Marcola” e insinuando irregularidades no repasse de verbas federais para Diadema.
A CNN Brasil entrou em contato com o prefeito de Diadema para comentar sobre a condenação e aguarda uma resposta.
