Juros futuros sobem com decisão do julgamento de Bolsonaro e aprovação de Lula

A descida branda registrada na maior parte da quinta-feira nos juros futuros de médio e longo prazo foi contrária na sessão, com as taxas apresentando um movimento de alta, também contido, em toda a curva.

A persistência do processo judicial contra Jair Bolsonaro no STF, aliada aos resultados positivos da pesquisa Datafolha, influenciaram as taxas de juros.

A elevação, contudo, permaneceu limitada, considerando o ambiente externo favorável, marcado pela redução das taxas dos títulos do Tesouro.

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Na conclusão, a taxa do contrato do DI (depósito interfinanceiro) para janeiro de 2027 aumentou de 13,999% no ajuste anterior para 14,030%. O DI para janeiro de 2028 subiu de 13,279% no ajuste a 13,310%.

O DI para janeiro de 2029 subiu de 13,186% no ajuste da véspera para 13,215%. O DI para janeiro de 2031 registrou 13,465%, proveniente de 13,44% no ajuste anterior.

A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) apontou que o varejo excluindo automóveis e material de construção registrou queda de 0,3% em comparação com junho, após os ajustes sazonais, conforme a mediana das Projeções Broadcast.

O comércio ampliado apresentou alta de 1,3% — superior à mediana de 0,8%. Contudo, a queda da leitura de junho, que foi de -2,5%, teve sua revisão pelo IBGE para -3,1%.

Tiago Hansen, diretor de gestão e economista da Alphawave Capital, considerou que a elevação na aprovação do governo Lula, com 33%, o melhor resultado desde dezembro de 2024, foi o disparador para o aumento das taxas de juros, juntamente com os aspectos relacionados ao julgamento de Bolsonaro.

Os ministros Carmen Lúcia e Flávio Dino acompanharam o voto do relator Alexandre de Moraes, que julgou culpado Bolsonaro por cinco crimes ligados à trama do dia 8 de janeiro. O resultado do julgamento é de 3 a 1.

Para Gustavo Okuyama, head de renda fixa da Porto Asset, o receio de novas retaliações dos EUA impôs cautela às operações. “Mas o principal fator que influenciou os negócios na maior parte do pregão foi o exterior”, destacou.

Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, considerou que o mercado estava “botando para baixo do tapete” o número elevado de inflação americana, considerando que este seria um evento passageiro.

Os dados do mercado de trabalho sustentam a avaliação de fraqueza da maior economia global neste momento. E, considerando a maior relevância que a diretoria do Fed tem dado a este objetivo, os dados parecem reforçar as expectativas de redução das taxas de juros.

Na manhã seguinte, as taxas curtas locais retomaram seus ensaios após a publicação dos resultados das vendas do varejo de julho no Brasil, que não apresentaram queda significativa.

O Brasil ocupa a segunda posição entre os países com as maiores taxas de juros reais, impulsionadas pelo aumento da taxa Selic.

Fonte por: CNN Brasil