Juros futuros disparam devido à aversão global ao risco impulsionada por preocupações fiscais

Investidores temem decisão judicial sobre aumento de tarifas nos EUA e instabilidade política na França.

02/09/2025 18:28

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Juros futuros disparam devido à aversão global ao risco impulsionada por preocupações fiscais
(Imagem de reprodução da internet).

As taxas das DIs subiram nesta terça-feira (2), com maiores avanços em contratos com prazos mais longos, em linha com a curva de juros brasileira, que seguiu o movimento verificado nos mercados de títulos globais, impulsionado por temores sobre a situação fiscal das principais economias mundiais.

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Por volta do final da tarde, a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2027 era de 13,99%, em comparação com o ajuste de 13,936% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2028 registrava 13,35%, em relação ao ajuste de 13,269%.

Os contratos de longo prazo apresentavam uma taxa de 13,67% para janeiro de 2031, um aumento de 11 pontos-base em relação aos 13,556% do ajuste anterior, e a taxa para janeiro de 2033 era de 13,85%, com um acréscimo de 12 pontos em relação aos 13,734%.

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A variação das taxas futuras nesta sessão apresentou aumentos nos juros de títulos de países como Estados Unidos, França e Reino Unido.

Nos Estados Unidos, após um feriado na véspera, o mercado retomou a operação nesta terça-feira (2), após uma decisão de um tribunal de recursos na sexta-feira (29) que considerou ilegal a maioria das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, ainda permitindo que ele as mantenha em vigor até meados de outubro.

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A apreensão dos investidores é que, sem a receita das taxas de importação, o governo dos EUA enfrentará ainda maiores dificuldades para controlar sua dívida federal, que tende a crescer com a aprovação de um projeto de lei de reduções de impostos no ano corrente.

O rendimento do Tesouro de dez anos – referência global para decisões de investimento – avançava 5 pontos-base, atingindo 4,279%.

Na Europa, os agentes do mercado também demonstravam preocupação com questões fiscais em diversos países, com destaque para a França, que enfrenta instabilidade política devido à iminente queda do governo do primeiro-ministro François Bayroux na próxima semana.

A narrativa de incerteza fiscal global está se fortalecendo, sobretudo em alguns países que desempenham papéis-chave na geopolítica mundial, afirmou Rafael Sueishi, head de renda fixa da Manchester Investimentos.

O cenário fiscal mais vulnerável provoca aversão ao risco, o que, por sua vez, pressiona os mercados emergentes.

No âmbito doméstico, o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado intensificava as apreensões sobre o possível agravamento nos vínculos entre Brasil e EUA.

Quando Trump anunciou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros em julho, ele associou a decisão, entre outros aspectos, à alegação de que Bolsonaro seria vítima de “caça às bruxas”.

O julgamento do ex-presidente tem recebido cobertura internacional significativa e pode levar a novas sanções dos EUA. A evolução do processo deve ser o principal evento da semana no cenário doméstico, declarou Sueishi.

O mercado financeiro também questiona a habilidade e a determinação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em equilibrar o orçamento público, e as incertezas fiscais no exterior intensificaram as preocupações com a situação do Brasil.

Fonte por: CNN Brasil

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