Juros de curto prazo disparam e de longo prazo diminuem em dia de IBC positiva e desvalorização do dólar
Mercado financeiro espera definição do Copom sobre a taxa Selic na quarta-feira (18).

As taxas das DIs de curto prazo registraram incrementos modestos nesta segunda-feira (16), com investidores atentos à decisão do Banco Central (BC) sobre juros na semana seguinte, enquanto as taxas de longo prazo diminuíram, influenciadas pelo recuo do dólar no Brasil, aproximando-se de R$ 5,50.
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À tarde, a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 era de 14,86%, em comparação com 14,836% na sessão anterior. A taxa para janeiro de 2027 registrava 14,175%, com um aumento de 2 pontos-base em relação ao ajuste de 14,162%.
Os contratos de longo prazo apresentavam uma taxa de 13,61% para janeiro de 2031, em comparação com 13,667% no ajuste anterior, e uma taxa de 13,68% para janeiro de 2033, com uma redução de 6 pontos-base em relação a 13,743%.
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Na manhã de hoje, o Banco Central comunicou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), visto como um indicador do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou crescimento de 0,2% em abril, em série desstagonalizada.
A leitura indicou um declínio diante do aumento de 0,7%, enquanto superou a projeção da Reuters, que previa um ganho de 0,1%.
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A atividade apresentou um novo indicador positivo para o mês de abril. Observou-se no período anterior o varejo com desempenho mais fraco, porém o Relatório Mensal de Serviços demonstrou melhoria. Isso sugere que a atividade entra em abril também com expansão, conforme destacou o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala.
A expectativa em torno da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na quarta-feira (18), e o entendimento de que a atividade econômica continua em ritmo acelerado, impulsionaram as taxas das DI com prazos mais curtos.
A partir de janeiro de 2028, os contratos apresentaram taxas menores, em linha com a desvalorização do dólar em relação ao real – um elemento desinflacionário que reduz a demanda por juros tão altos no futuro.
Até o início da tarde, a queda das taxas longas no Brasil também se deu com o recuo dos rendimentos dos Treasuries no exterior, em meio à expectativa pelo fim das hostilidades entre Israel e Irã. No entanto, por volta da tarde, os yields migraram para o território positivo, mas as taxas dos DIs de longo prazo permaneceram negativas.
A curva de juros brasileira indicava, na tarde de segunda-feira, aproximadamente 60% de chances de aumento de 25 pontos-base na Selic na próxima quarta-feira, em relação a 40% de probabilidade de manutenção, segundo projeção do Bmg. A taxa Selic está atualmente em 14,75% ao ano.
Os valores na curva estão próximos do que se observa no mercado de opções da COPOM na B3. Na última sexta-feira (13) – atualização mais recente – a precificação das opções de COPOM indicava 56,5% de chances de alta de 25 pontos-base da Selic, contra 42% de probabilidade de manutenção.
Contudo, no relatório Focus do BC, divulgado nesta segunda-feira, a mediana das projeções dos economistas aponta pela manutenção da Selic na próxima quarta-feira. Na prática, conforme noticiado pela Reuters anteriormente, embora os ativos estejam precificando um novo aumento da Selic, a maioria dos economistas espera que ela permaneça inalterada.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.