Julio Casares se pronuncia sobre o escândalo do camarote no São Paulo e promete rigor nas investigações. Entenda os detalhes e as implicações do caso.
Nesta terça-feira (16), Julio Casares, presidente do São Paulo, divulgou uma nota em suas redes sociais abordando o “escândalo do camarote“. Ele afirmou: “Não defendo e nem pratico prejulgamento, e condenação prévia. Acredito no amplo direito à defesa.
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Contudo, seja qual for o resultado da sindicância, agiremos com rigor contra quem for apontado com conduta inadequada no Clube”.
Um áudio, revelado pelo Ge.com, trouxe à tona a participação de Doug, diretor adjunto das categorias de base, e Mara Casares, diretora feminina, cultural e de eventos, ex-esposa de Julio Casares. O presidente destacou que “casos como este não podem passar sem esclarecimentos”, e a sindicância foi instaurada imediatamente após a revelação.
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Os áudios indicam que o camarote 3A, chamado internamente de “sala presidência”, foi repassado a Rita de Cassia Adriana Prado, que comercializou o espaço durante o show da cantora Shakira, em fevereiro. Os ingressos foram vendidos por até R$ 2,1 mil, gerando um faturamento estimado de R$ 132 mil apenas nesse evento.
A situação se complicou judicialmente quando Adriana entrou com uma ação na 3ª Vara Cível de São Paulo contra Carolina Lima Cassemiro, da “Cassemiro Eventos Ltda”. Adriana alega que Carolina reteve, sem autorização, um envelope com 60 ingressos do camarote, após um pagamento parcial.
O caso também foi registrado em boletim de ocorrência.
O São Paulo confirmou que o camarote 3A pertence ao clube e que, no dia do show, o espaço estava destinado à diretoria feminina, cultural e de eventos, sob a supervisão de Mara Casares. O clube afirmou desconhecer o conteúdo do áudio e negou qualquer esquema ilegal, reiterando que não compactua com a comercialização irregular do camarote.
Conforme o estatuto do São Paulo, condutas que prejudicam a imagem do clube podem resultar em punições que variam de advertência à perda de mandato. Advogados consultados indicam que o caso pode se enquadrar no crime de estelionato, com pena de um a cinco anos de reclusão.
Mara Casares admitiu que o espaço foi cedido a Adriana Prado, mas negou ter recebido qualquer benefício financeiro. Ela afirmou que a cessão foi baseada em confiança, quebrada quando Adriana repassou o camarote a terceiros sem autorização. Douglas Schwartzmann foi chamado para ajudar a resolver o conflito.
Marcio Carlomagno, mencionado na gravação, negou que o camarote tenha sido utilizado de forma clandestina. Carolina Lima Cassemiro, por sua vez, alegou não ter conhecimento da irregularidade e afirmou ter sido enganada.
Julio Casares expressou seu descontentamento com a situação, afirmando que tomou conhecimento da conversa divulgada pela imprensa. Ele ressaltou a importância de esclarecer os fatos e que as devidas medidas serão tomadas. O presidente enfatizou que não haverá favorecimento por proximidade ou amizade e que o clube não tolerará malfeitos de nenhuma natureza.
Autor(a):
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.