Juliana Marins faleceu em decorrência de trauma torácico e hemorragia interna
A autópsia, divulgada nesta sexta-feira (27.jun), indica que a jovem faleceu aproximadamente 20 minutos após o acidente.

A morte da brasileira Juliana Marins foi causada por um trauma torácico grave, com intensa hemorragia interna e danos irreversíveis a órgãos. Os resultados da autópsia da jovem foram divulgados nesta sexta-feira (27.jun.2025). As informações são da BBC Brasil.
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Juliana foi descoberta morta na terça-feira, dia 24 de junho, quatro dias após um acidente que a fez cair em um penhasco na trilha do Monte Rinjani, um vulcão na Indonésia. A especialista forense Ida Bagus Alit, encarregada da autópsia, declarou em entrevista à imprensa que o falecimento ocorreu após a queda.
A Alit afirmou que os médicos identificaram arranhões e escoriações no corpo de Juliana, além de fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. “Essas fraturas ósseas causaram danos a órgãos internos e hemorragia”, declarou.
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As principais causas de óbito foram lesões no tórax e na coluna vertebral.
O especialista afirmou que não há evidências de que a morte de Juliana tenha ocorrido muito tempo após os ferimentos. Os resultados da autópsia, segundo ele, indicam que a jovem faleceu aproximadamente 20 minutos após a queda.
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Havia uma lesão na cabeça, porém não constataram sinais de hérnia cerebral. A hérnia cerebral costuma surgir horas ou dias após o trauma, segundo Alit.
Houve também sangramento considerável no tórax e no abdômen, porém nenhum órgão demonstrou sinais de retração que apontassem para um sangramento lento. Isso indica que a morte ocorreu após os ferimentos, afirmou.
Segundo o especialista, não há sinais de hipotermia. Ele ressaltou que o corpo não apresentava lesões associadas à condição, como necrose nos membros ou coloração escura nas extremidades.
Juliana desabou em uma área de difícil acesso, aproximadamente 1 quilômetro distante da trilha principal do vulcão. A operação de resgate foi intermitentemente interrompida devido às condições climáticas.
Juliana, originária de Niterói (RJ), participava de uma trilha de três dias e duas noites, organizada por uma agência local na Indonésia, onde a brasileira estava integrada a uma viagem pela Ásia que começou no final de fevereiro.
Ainda não se sabe quem arcará com os custos para trazer o corpo de Juliana ao Brasil.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) modificou as normas que anteriormente proibiam o governo federal de arcar com os custos de transporte de corpos de brasileiros falecidos no exterior. O novo decreto, divulgado na edição desta sexta-feira (27.jun.2025) do DOU (Diário Oficial da União), estabelece a possibilidade de cobertura em situações que gerem comoção.
A decisão foi tomada após o presidente declarar que levaria o corpo de Juliana para o Brasil.
A legislação brasileira não determina que o governo cubra as despesas com o traslado do corpo ou o funeral de brasileiros falecidos no exterior; geralmente, tais custos são suportados pela família ou amigos.
O Itamaraty comunicou, na quarta-feira (25.jun), que os gastos com o transporte do corpo de Juliana seriam da família. No mesmo dia, o ex-jogador Alexandre Pato ofereceu auxílio à família para cobrir os custos de retorno do corpo ao país. A Prefeitura de Niterói (RJ), cidade onde Juliana residia, também se ofereceu para arcar com os custos de traslado.
É importante lembrar que o prefeito de Niterói, o companheiro Rodrigo Neves, também está comprometido a tentar trazer o corpo dela e fazer um enterro decente para a família, disse Lula na quinta-feira (26.jun) ao afirmar que alteraria o decreto que impedia o governo federal de custear as despesas.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.