Julgamento de Bruno Henrique pode ser adiado novamente
O julgamento do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pode sofrer novo adiamento. Isso pode ocorrer se algum auditor solicitar vista do processo. Nesse caso, uma nova audiência será marcada para decidir sobre uma possível condenação.
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Atualmente, há nove auditores, incluindo o relator, Sérgio Furtado Filho. Desses, oito ainda não votaram e têm o direito de pedir vista a qualquer momento. Embora não tenha sido confirmado, há uma expectativa de que o julgamento prossiga conforme o cronograma estabelecido.
Punição sugerida pelo relator
O relator, Sérgio Furtado Filho, propôs uma punição de R$ 100 mil, sem suspensão de jogos, ao invés dos 12 jogos de suspensão e multa de R$ 60 mil inicialmente previstos. Na nova audiência, será feita a leitura das decisões dos auditores.
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De acordo com Maurício Corrêa da Veiga, advogado especializado em direito esportivo, a tendência é que o voto do relator prevaleça, já que ele teve maior contato com o caso. O relator acredita que não houve intenção do atleta em alterar a verdade desportiva, mas sim conversas inadequadas que violaram o regulamento da competição.
Contexto da denúncia
Bruno Henrique foi alvo de uma operação da Polícia Federal em 2024, investigando uma suposta fraude esportiva na partida entre Flamengo e Santos, ocorrida em novembro de 2023. Ele é acusado de ter forçado um cartão amarelo para beneficiar um grupo de apostadores, incluindo seu irmão.
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As provas foram encaminhadas à Procuradoria do STJD, que denunciou o atleta. Apesar da condenação, Bruno Henrique está com efeito suspensivo da pena desde setembro e continua jogando pelo Flamengo. O processo na justiça comum do Distrito Federal avança em paralelo.
Decisões e argumentos da defesa
O relator votou pela absolvição em relação ao artigo 243-a, que prevê até 12 jogos de suspensão, mas pela punição no artigo 191, com multa de R$ 100 mil. Ele argumentou que não há evidências suficientes para comprovar que o atleta atuou deliberadamente para manipular o resultado da partida.
A defesa de Bruno Henrique, representada por Alexandre Vitorino e Michel Assef Filho, apresentou um pedido de prescrição do caso, alegando que a Procuradoria não cumpriu o prazo legal para a denúncia. No entanto, a Procuradoria, através de Eduardo Ximenes, defendeu que a demora se deu pela necessidade de reunir todas as informações antes de acusar.
Motivo da denúncia
O atacante é suspeito de manipulação de resultados para beneficiar apostadores. No jogo contra o Santos, o cartão amarelo recebido levantou suspeitas, levando as casas de apostas a alertar a Justiça. Mensagens obtidas no celular do irmão de Bruno indicam que ele poderia ter forçado o cartão.
