Juiz revoga condenação de Harvey Weinstein por alegação de agressão sexual

Ex-magnata do cinema foi julgado e condenado em uma das acusações; outra audiência será realizada em 2 de julho.

12/06/2025 17:19

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Juiz revoga condenação de Harvey Weinstein por alegação de agressão sexual
(Imagem de reprodução da internet).

O juiz responsável pelo processo criminal de Harvey Weinstein, 73, em Manhattan, Estados Unidos, determinou a anulação do julgamento de uma acusação de estupro nesta quinta-feira (12), um dia após o ex-magnata do cinema de Hollywood ser condenado por outra acusação de abuso sexual.

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Curtis Farber, da Suprema Corte do Estado, interrompeu o julgamento após o presidente do júri recusar-se a deliberar por sexto dia, em decorrência de diversas divergências entre os jurados, que por vezes foram manifestadas no próprio tribunal.

Os promotores pretendem julgar Weinstein uma terceira vez sob a acusação de estupro por meio de terceiro interessado, em razão dos supostos maus-tratos à aspirante a atriz Jessica Mann, em 2013.

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Em 11 de abril, os jurados emitiram um veredicto parcial em relação a outras acusações contra Weinstein. O ex-produtor foi considerado culpado de agressão sexual em primeiro grau contra a ex-assistente de produção Miriam Haley, ocorrida em 2006, e absolvido da mesma acusação envolvendo a aspirante a atriz Kaja Sokola, em 2002.

Farber informou que a acusação de estupro será levada a julgamento e agendou uma audiência para o dia 2 de julho.

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Weinstein, por sua vez, afirmou sua inocência e negou qualquer tipo de agressão ou relação sexual sem consentimento.

Ele pretende recorrer da sentença, que estabelece uma pena máxima de 25 anos de reclusão. Arthur Aidala, advogado de Weinstein, declarou a jornalistas à frente do tribunal: “Dispomos de provas robustas de comportamento inadequado do júri neste julgamento”, incluindo o fato de que os jurados avaliaram informações externas sobre a conduta do acusado.

Os procuradores de Manhattan utilizaram o poder e a influência de Weinstein para assédio e abuso de mulheres.

Os defensores alegaram que as promutoras agiram por maldade, após os encontros sexuais acordados com Weinstein não terem levado a carreiras de sucesso em Hollywood.

Em 2024, a Suprema Corte do Estado de Nova York anulou a condenação de Harvey Weinstein por estupro de Anne Mann e agressão sexual a Natalie Haley, que havia sido considerada culpada em júri em 2020.

Weinstein recorre da condenação por estupro em 2022 e da sentença de 16 anos de prisão na Califórnia.

O veredicto de quarta-feira representou uma vitória para o promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, cuja equipe processou Weinstein. Bragg rejeitou a preocupação com a conduta dos jurados, afirmando que as divergências entre eles indicavam um debate vigoroso.

Weinstein co-fundou a produtora Miramax, responsável por filmes de destaque, incluindo obras premiadas como “Shakespeare Apaixonado” e “Pulp Fiction”.

Seu declínio iniciou-se em 2017 e contribuiu para o surgimento do movimento #MeToo, que estimulou mulheres a manifestarem acusações de comportamento sexual inadequado envolvendo figuras de poder masculino.

Mais de 100 mulheres acusaram Weinstein de má conduta.

A condenação de Harvey Weinstein é anulada em Nova York.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.